Em 11 de outubro, Mato Grosso do Sul completa 47 anos. Um número que, à primeira vista, pode parecer modesto, mas que carrega uma trajetória de reviravoltas políticas e econômicas, desbravamentos, e um mosaico cultural que reflete a pluralidade de seus habitantes. O estado, que surgiu do desmembramento do antigo Mato Grosso em 1977, possui hoje 79 municípios e abriga paisagens que vão do pantanal aos vastos campos da agricultura. Mas, além das belezas naturais, o MS também se constrói pelas leis aprovadas na Assembleia Legislativa, que desde sua criação tem atuado para pavimentar o caminho do progresso.

A separação entre os "mato-grossenses" e os "sul-mato-grossenses" não foi um processo simples. Na década de 70, a região sul de Mato Grosso já carregava a ambição de se tornar um estado independente. A extensão territorial e as diferenças econômicas e sociais entre o norte e o sul alimentavam esse desejo. Enquanto o norte mantinha uma economia mais estável, o sul, agrícola e mais dinâmico, clamava por autonomia. E assim, o presidente Ernesto Geisel assinou o decreto de criação do Mato Grosso do Sul.

Desde então, a política teve que dar conta dessa nova configuração. Logo na sua fundação, a Assembleia Legislativa, que viria a ser conhecida pela sigla ALEMS, já começava sua tarefa de definir o futuro do recém-criado estado. Nascia ali um pacto silencioso entre os poderes Executivo e Legislativo: era preciso criar rapidamente as bases que sustentariam Mato Grosso do Sul como um estado viável e próspero.

A política em movimento: leis que fazem a roda girar - O presidente da ALEMS, deputado Gerson Claro, não esconde o orgulho ao falar do papel da casa no desenvolvimento do estado. “Ao longo desses 47 anos, legislamos para o progresso, para a justiça e para o bem-estar de todos os sul-mato-grossenses. Nosso compromisso é fazer com que Mato Grosso do Sul continue a crescer de forma inclusiva, oferecendo oportunidades para todos”. Palavras como "progresso" e "justiça" são comuns em discursos políticos, mas aqui, elas encontram eco em números e projetos concretos.

Seja em suas vastas fazendas de soja, ou no movimentado comércio de Campo Grande, a capital do estado, a economia de Mato Grosso do Sul é, em grande parte, fruto de decisões tomadas nas sessões da ALEMS. De lá, saíram leis que facilitaram a instalação de novas indústrias no estado, garantindo geração de empregos e renda. Também dali saíram normas que regulam o uso dos recursos naturais, protegendo ecossistemas enquanto permitem a expansão agrícola – um equilíbrio que sempre exige ajustes e atenção.

Gerson Claro destacou o papel do Legislativo para o crescimento de MS - (Foto: Luciana Nassar)

Bonito e o futuro que passa pelos rios  - É quase impossível falar de Mato Grosso do Sul sem mencionar Bonito. O município, que parece saído de um cartão-postal, se tornou uma referência mundial em ecoturismo. As águas cristalinas que atraem turistas de todas as partes são protegidas por leis ambientais rigorosas, muitas delas criadas na ALEMS. A relação do estado com suas águas, aliás, é simbólica. Os rios que cortam Mato Grosso do Sul também alimentam uma das maiores áreas úmidas do planeta, o Pantanal, outra riqueza natural protegida pela legislação local.

Um dos rios que passa por Coxim, em MS  - (Foto: Wagner Guimarães)

Bonito é a prova de que o turismo, quando bem manejado, pode ser um motor econômico poderoso e sustentável. Em 2023, o município foi eleito como o melhor destino de ecoturismo do Brasil, colocando Mato Grosso do Sul em um novo patamar de reconhecimento internacional. Mas o sucesso de Bonito também depende de uma infraestrutura que vai muito além da natureza. Há leis que organizam desde a quantidade de turistas que podem visitar as cavernas e rios por dia até a fiscalização dos empreendimentos turísticos.

Os desafios de um jovem estado - Apesar do progresso, Mato Grosso do Sul, como qualquer estado brasileiro, enfrenta seus desafios. A dependência da economia do agronegócio, por exemplo, exige atenção constante. E a ALEMS sabe disso. “A nossa prioridade é diversificar a economia, para que a população tenha mais oportunidades, seja no campo, seja nas cidades”, diz Gerson Claro.

Por outro lado, os desafios são também uma oportunidade de renovação. O estado tem se preparado para enfrentar crises econômicas e questões ambientais de forma estratégica. Recentemente, a instalação de novas indústrias ajudou a reduzir a dependência exclusiva do agronegócio. Esses novos empreendimentos, resultado de incentivos fiscais aprovados pela ALEMS, trazem um novo ritmo à economia local e criam mais oportunidades para os jovens que antes precisavam sair do estado em busca de emprego.

A força de uma identidade - No fim das contas, Mato Grosso do Sul é mais do que um território. Ele é uma ideia em construção, com identidade própria. Seus 47 anos são uma marca de autonomia, que se reflete tanto nas fazendas de gado quanto nas águas de Bonito, nas ruas de Campo Grande ou nas pequenas cidades do interior. E, para cada uma dessas áreas, a ALEMS tem legislado, criando as condições necessárias para que o estado avance.

Solenidade de instalação de MS e da Assembleia Constituinte - (Foto: Tião Guimarães/Arquivo ALEMS)

Em um mundo cada vez mais conectado, Mato Grosso do Sul olha para o futuro sem esquecer suas raízes. A Assembleia Legislativa se compromete a continuar sendo um pilar desse desenvolvimento, garantindo que as leis aprovadas ajudem a transformar o estado em um lugar de mais oportunidades e justiça para todos.

Ao completar 47 anos, Mato Grosso do Sul celebra não apenas seu passado, mas seu futuro — um futuro moldado pelo trabalho de milhares de pessoas que, através das leis e do suor, fazem o estado pulsar.