O Brasil entrou em modo de alerta para a economia de energia. Com a falta de chuvas, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acendeu a luz vermelha: a bandeira tarifária patamar 2, o nível mais caro da tabela. Em termos práticos, isso significa que o custo da energia subiu para R$ 0,81 por kWh. Vai durar até o fim do ano, ao que tudo indica. E com essa subida no preço, você deve pensar que dirigir um carro elétrico pode não ser tão econômico quanto antes, certo? Errado. A Volvo, que tem apostado forte na eletrificação, fez as contas e garante: o futuro movido a bateria ainda é muito mais barato.

Se você carrega o carro em casa, o custo por quilômetro rodado em um dos modelos elétricos da marca sueca fica em torno de 16 centavos. Para ser mais exato, o modelo EX30 gasta R$ 0,165 por quilômetro rodado. Já os modelos topo de linha, como o XC40 e o C40, custam ainda menos, R$ 0,164 por quilômetro. E o que acontece se compararmos com um carro movido a gasolina ou etanol? A diferença é de cair o queixo. Enquanto um carro a gasolina, com tanque cheio, custa em média R$ 0,61 por quilômetro, o etanol (mais barato) ainda sai por R$ 0,40 por quilômetro rodado.

Agora, vamos fazer as contas com um exemplo prático. Encher o tanque de um carro movido a gasolina custa, em média, R$ 274,05. Isso, claro, se ele tiver um tanque de 45 litros e rodar 10 km por litro. O etanol, que muita gente escolhe para economizar, sai por R$ 181,80. E aí está a conta que a Volvo quer que você veja: mesmo na hipótese mais barata, com etanol, você ainda vai gastar mais do que o dobro do que gastaria com um carro elétrico da marca.

E se os números não fossem suficientes… O presidente da Volvo Car Brasil, Marcelo Godoy, faz questão de falar sobre os benefícios além do bolso. Ele é um entusiasta dos números, mas também da sustentabilidade. “A tecnologia dos carros elétricos é benéfica em todos os sentidos. Diminui a emissão de gases poluentes, o que ajuda o meio ambiente, e, adicionalmente, é mais em conta para o bolso do cliente. A economia é de 72,2% em comparação ao custo por quilômetro rodado com gasolina e 57,5% em relação ao etanol”, afirma Godoy. Ele ainda completa: “Se me mostrassem dados que eu poderia economizar mais de 50%, eu não pensaria duas vezes antes de adotar a alternativa mais econômica”. O executivo também reforça que a conta pode ficar ainda mais barata se o motorista tiver acesso a energia solar para carregar o carro. Aí, o que era barato, fica quase de graça.

Os números não mentem - Aqui estão os valores atualizados para carregar os modelos elétricos da Volvo, considerando o novo preço da energia elétrica no Brasil:

• EX30 Core (51kWh): R$ 41,31; custo por quilômetro rodado R$ 0,165
• EX30 Core Extended Range (69kWh): R$ 55,89; custo por quilômetro rodado R$ 0,166
• XC40 Ultimate (78kWh): R$ 63,18; custo por quilômetro rodado R$ 0,164
• C40 Ultimate (78kWh): R$ 63,18; custo por quilômetro rodado R$ 0,164

Agora, os números de carros a combustão:

• Gasolina: R$ 274,05 por tanque; custo por quilômetro rodado R$ 0,613
• Etanol: R$ 181,80 por tanque; custo por quilômetro rodado R$ 0,404

Mesmo com o aumento da conta de luz, a vantagem dos carros elétricos ainda é clara. A economia por quilômetro rodado continua acima de 57% quando comparado ao etanol, e a gasolina nem chega perto de competir. A Volvo quer deixar claro que, no jogo entre baterias e combustível, a bateria está ganhando com larga vantagem.