Ricardo Eugenio | 17 de setembro de 2024 - 19h27

De 15% a 25%: o salto de Beto Pereira e a ameaça à liderança de Rose Modesto

Mesmo com queda, Rose Modesto ainda lidera, mas vê vantagem diminuir com o avanço de Beto Pereira.

ELEIÇÕES 2024
Adriane Lopes (PP), Beto Figueiró (Novo), Beto Pereira (PSDB) e Camila Jara (PT). Na fileira inferior, da esquerda para a direita: Jorge Batista (PCO), Luso de Queiroz (PSOL), Rose Modesto (União Brasil) e Ubirajara Martins (DC). - (Foto: Divulgação)

A nova pesquisa Quaest sobre a corrida eleitoral para a Prefeitura de Campo Grande, divulgada nesta terça-feira (17), trouxe mudanças significativas no cenário político da capital sul-mato-grossense. A principal novidade é o crescimento acelerado de Beto Pereira (PSDB), que saiu de 15% em agosto para 25% em setembro, uma subida impressionante de 10 pontos percentuais. Enquanto isso, Rose Modesto (União Brasil), que antes liderava com 33%, viu sua vantagem diminuir ao cair para 31%.

Essa comparação entre os dois levantamentos mostra um cenário de maior competitividade e abre margem para um empate técnico entre os dois candidatos. A queda de Modesto, embora pequena, revela que o crescimento de Pereira está se tornando uma ameaça real à sua liderança, algo que não era tão evidente em agosto, quando a diferença entre eles era de 18 pontos.

Crescimento expressivo de Beto Pereira e estabilidade dos outros candidatos - O salto de Beto Pereira em setembro chama a atenção, especialmente quando comparado aos demais concorrentes. Na pesquisa anterior, ele estava longe da liderança, com apenas 15% das intenções de voto. Em um intervalo de menos de um mês, esse número cresceu de forma expressiva, consolidando sua posição como o principal adversário de Rose Modesto. O crescimento de Pereira reflete o impacto de sua campanha, que aparentemente ganhou força entre os eleitores, especialmente após a intensificação da exposição de seu nome e propostas.

Já Rose Modesto, apesar de ainda liderar, viu seu índice cair de 33% em agosto para 31% em setembro. Essa oscilação, dentro da margem de erro, indica que sua base eleitoral permanece estável, mas sugere que sua campanha não conseguiu expandir o apoio até o momento. A perda de dois pontos percentuais pode não parecer significativa isoladamente, mas, quando combinada com o avanço de Pereira, aumenta a pressão sobre sua candidatura.

Adriane Lopes e Camila Jara: poucas mudanças - Adriane Lopes (PP), atual prefeita, também apresentou uma leve variação positiva, passando de 14% em agosto para 16% em setembro. Seu crescimento, no entanto, não foi suficiente para colocá-la na disputa direta com os líderes. Embora tenha melhorado sua posição, Adriane ainda está distante dos dois principais candidatos e parece consolidada no terceiro lugar.

Por outro lado, Camila Jara (PT), que tenta emplacar sua candidatura em um cenário político mais conservador, oscilou negativamente. Em agosto, Jara contava com 9% das intenções de voto e, no levantamento mais recente, aparece com 8%. Essa leve queda reflete as dificuldades da candidata em atrair novos eleitores, apesar de manter sua base.

Outro nome que se destacou foi Beto Figueiró, que, embora tenha números menores, subiu de 2% para 4%. Mesmo com essa oscilação, Figueiró ainda permanece distante dos principais candidatos.

O impacto da comparação entre os dois meses - A comparação entre os números de agosto e setembro evidencia uma transformação importante na dinâmica da campanha. Em agosto, Rose Modesto parecia caminhar com tranquilidade para o segundo turno, enquanto Beto Pereira ainda buscava consolidar seu espaço. Agora, com a diferença entre os dois reduzida para apenas seis pontos percentuais, o cenário aponta para uma disputa muito mais equilibrada. A liderança de Modesto já não é garantida, e a tendência de crescimento de Pereira pode se intensificar nas próximas semanas.

A pesquisa, contratada pela TV Morena e realizada entre os dias 14 e 16 de setembro, entrevistou 852 eleitores e possui margem de erro de 3,4 pontos percentuais. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número MS-08123/2024, e seu nível de confiança é de 95%.