Da redação, com informações da assessoria | 16 de setembro de 2024 - 12h09

Deputado Zé Teixeira pede asfalto e mutirão para emissão de RGs em Rio Brilhante

Deputado Zé Teixeira pede mutirão para emissão de RGs e pavimentação de estrada crucial para o agronegócio em Rio Brilhante.

LEGISLATIVO ESTADUAL
O deputado Zé Teixeira (PSDB) solicitou ao Governo do Estado um mutirão para emissão de carteiras de identidade em Rio Brilhante. - (Foto: Rázia Krug)

O deputado Zé Teixeira, figura carimbada na Assembleia Legislativa, quer que o Governo do Estado olhe com mais atenção para o município de Rio Brilhante. Não se trata de nada extraordinário: asfalto e carteiras de identidade.

Teixeira, que conhece bem a realidade das cidades sul-mato-grossenses, apresentou duas demandas ao governo. A primeira delas é um mutirão para emissão de carteiras de identidade. Para quem mora em grandes centros, tirar a segunda via de um RG pode ser apenas uma questão de alguns minutos na fila, mas em Rio Brilhante, cidade de pouco mais de 35 mil habitantes, é outro papo. As longas esperas e a escassez de atendimentos são uma realidade que tem dificultado a vida dos jovens, que precisam do documento para disputar uma vaga de emprego ou se inscrever em algum processo seletivo. "A intenção é facilitar o acesso aos serviços oferecidos pelos Postos de Identificação", explicou o deputado. Um mutirão não resolve tudo, mas pode dar um respiro.

A espera pelo RG - O problema pode parecer pequeno em meio às grandes pautas do estado, mas em cidades como Rio Brilhante, ele se agiganta. Zé Teixeira sugeriu que uma equipe fosse enviada para fazer o mutirão, como uma medida emergencial para amenizar o problema que atinge tanto quem perdeu o documento quanto quem nunca sequer teve um. Imagine o jovem do interior que, ao terminar o ensino médio, precisa se deslocar para outra cidade ou fazer uma prova de seleção. Sem o RG, fica tudo travado. A burocracia tem um poder paralisante.

Em muitos casos, a espera por uma nova carteira de identidade pode demorar meses. A questão se torna ainda mais urgente quando se leva em conta que a população jovem da região está em busca de oportunidades em um mercado que exige pressa. Na lógica da burocracia, no entanto, a pressa dos cidadãos raramente encontra eco. Por isso, o deputado enxergou no mutirão uma solução provisória, mas necessária, para desafogar a demanda reprimida.

Asfalto para o agronegócio - O segundo pedido de Zé Teixeira tem cheiro de asfalto quente e economia rural. Ele quer que o governo pavimente um trecho da rodovia MS-455, que liga a BR-267 ao Capão Bonito. São 90,7 quilômetros que cortam o sertão sul-mato-grossense, um trajeto que pode não parecer muito relevante à primeira vista, mas que conecta assentamentos, propriedades rurais e até um aeroporto.

Esse pedaço de estrada é vital para o escoamento da produção agrícola da região, onde silos graneleiros armazenam toneladas de grãos que abastecem o mercado nacional e internacional. Para entender a relevância do pedido, é preciso voltar os olhos para o modelo econômico que mantém o Mato Grosso do Sul de pé: o agronegócio. É por essa estrada que passam caminhões carregados de soja, milho e outros produtos agrícolas, itens que representam uma parte significativa da economia da região. Sem asfalto, tudo vira um lamaçal nas chuvas e uma nuvem de poeira no verão.

“A obra é fundamental para o fortalecimento da economia local e para a melhoria da qualidade de vida dos produtores que dependem dessa estrada”, defendeu Zé Teixeira. O parlamentar sabe que, ao garantir melhores condições de tráfego, está não apenas facilitando o escoamento da produção, mas também melhorando a vida dos trabalhadores rurais, que frequentemente enfrentam a precariedade das estradas empoeiradas ou alagadas.

A lógica da urgência - Os dois pedidos de Zé Teixeira revelam uma característica comum dos apelos políticos de municípios menores: urgência em questões cotidianas. Para quem vive longe dos centros urbanos e do alcance rápido dos serviços públicos, o asfalto ou um documento emitido a tempo podem ser a diferença entre estar incluído ou marginalizado. A lógica é simples: sem RG, o jovem não arruma emprego; sem asfalto, o produtor não escoa sua safra.