Incêndios florestais na fronteira entre MS e Bolívia preocupam autoridades com avanço das chamas
Região de Porto Índio, na fronteira com a Bolívia, enfrenta combate intenso há sete dias devido a incêndios florestais
MEIO AMBIENTEA fronteira entre Brasil e Bolívia, especificamente na região de Porto Índio, em Mato Grosso do Sul, tornou-se um dos principais focos de preocupação no combate aos incêndios florestais que afetam o estado. Há sete dias, bombeiros militares atuam de forma ininterrupta para conter as chamas que ameaçam tanto o território brasileiro quanto o boliviano.
Com a previsão de continuidade da estiagem, baixa umidade relativa do ar e temperaturas que chegam a 40°C, a situação se agrava. As equipes de combate, além de enfrentarem o fogo nas áreas de fronteira, utilizam aeronaves para alcançar os focos de incêndio em áreas de difícil acesso. Na região de Porto Índio, que faz fronteira com a Bolívia, o transporte aéreo tem sido essencial para o deslocamento dos militares e o alijamento de água sobre as áreas em chamas.
Os incêndios florestais em Mato Grosso do Sul atingem diversas regiões do estado, incluindo áreas do Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica. O Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS) realiza operações intensas em localidades como Miranda, Costa Rica, São Gabriel do Oeste e Naviraí, além da área do Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema. O foco principal, no entanto, está em áreas próximas à fronteira com a Bolívia, onde a situação é crítica.
Na região do Paraguai Mirim, bombeiros combatem focos de incêndio que ameaçam as comunidades locais desde o início desta semana. O avanço das chamas próximo ao Rio Piquiri, na divisa com o estado de Mato Grosso, também preocupa, já que o fogo se espalha rapidamente em áreas de vegetação seca.
Condições climáticas agravam o cenário - A continuidade da estiagem em Mato Grosso do Sul, combinada com rajadas de vento de até 50 km/h e umidade relativa do ar abaixo de 10%, cria um cenário propício para a intensificação dos incêndios florestais. As temperaturas extremas registradas em várias regiões do estado, incluindo áreas próximas à fronteira com a Bolívia, dificultam ainda mais o controle das chamas.
De acordo com os bombeiros, a prioridade é proteger as comunidades ribeirinhas e garantir que o fogo não avance em direção a áreas urbanas. O apoio de aeronaves, como o KC-390, tem sido essencial para o alijamento de água e o controle dos focos mais intensos.
Além das operações de combate, o monitoramento por drones e satélites é realizado em regiões como Aparecida do Taboado, Água Clara e Estrada Parque, em Corumbá. As 12 bases avançadas instaladas pelo CBMMS no Estado garantem a presença contínua das equipes nas áreas mais afetadas, permitindo uma resposta rápida em caso de novos focos de incêndio.