Carlos Guilherme | 10 de setembro de 2024 - 14h40

Inflação em Campo Grande desacelera em agosto, mas combustíveis lideram alta de preços

Com alta de 1,12%, setor de transportes foi o maior responsável pelo impacto no índice de inflação em agosto, enquanto alimentação e habitação registraram quedas

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Inflação em Campo Grande desacelera para 0,03% em agosto, com o setor de transportes liderando o aumento de preços, enquanto alimentação e habitação registram quedas. - (Foto: ABrasil)

A inflação em Campo Grande registrou uma leve alta de 0,03% no mês de agosto de 2024, marcando uma desaceleração em relação a julho, quando o índice foi de 0,26%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistícas (IBGE).

O resultado foi impulsionado principalmente pelo aumento de preços no setor de transportes, que subiu 1,12%, sendo o segmento com maior impacto no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Já o grupo alimentação e bebidas apresentou a maior queda, com retração de 0,60%, influenciado pela redução nos preços de itens básicos como cebola e batata-inglesa.

O segmento de transportes foi o principal responsável pela leve elevação do IPCA em agosto, com impacto de 0,24 ponto percentual. O aumento de 5,95% no preço dos serviços de transporte por aplicativo e os reajustes nos preços do etanol (3,11%) e da gasolina (1,75%) puxaram o índice para cima. No entanto, o preço das passagens aéreas caiu expressivamente (-17,48%), juntamente com o transporte escolar (-2,92%) e o transporte público (-2,05%).

Inflação em Campo Grande desacelera para 0,03% em agosto, com o setor de transportes liderando o aumento de preços, enquanto alimentação e habitação registram quedas - (Foto: Arquivo)

Alimentação e bebidas apresenta segunda queda consecutiva - O grupo alimentação e bebidas, que representa uma das maiores participações no orçamento familiar, registrou uma queda de 0,60% em agosto, com destaque para a alimentação no domicílio, que caiu 0,91%. Entre os itens que contribuíram para essa baixa, estão a cebola (-26,51%), a batata-inglesa (-22,28%), o tomate (-15,95%) e os ovos de galinha (-3,85%). Em contrapartida, frutas como o mamão (21,85%) e a banana-d’água (8,85%) tiveram aumentos consideráveis.

A alimentação fora do domicílio, no entanto, voltou a subir após ter apresentado queda em julho. O subitem lanche desacelerou de 2,38% para 1,72%, enquanto a refeição apresentou variação de 2,93%, semelhante ao mês anterior.

Outro destaque em agosto foi a queda no grupo habitação, que recuou 1,04%, impactado pela redução de 3,67% na tarifa de energia elétrica residencial, que passou a operar sob a bandeira tarifária verde. O setor, que havia registrado alta de 1,18% em julho, também foi influenciado por quedas nos preços de materiais de construção, como tinta (-2,78%) e cimento (-1,41%). Em contrapartida, itens de limpeza como sabão em barra (2,53%) e detergente (1,80%) tiveram aumento de preço.

Saúde e cuidados pessoais volta a subir - Após uma leve queda de 0,01% em julho, o grupo saúde e cuidados pessoais registrou alta de 0,52% em agosto, impulsionado pelo aumento nos preços de óculos de grau (2,92%), produtos para cabelo (2,75%) e medicamentos psicotrópicos (2,74%). Por outro lado, itens como artigos de maquiagem (-2,68%) e exames laboratoriais (-2,86%) apresentaram quedas.

No acumulado do ano, o IPCA de Campo Grande registra alta de 2,64%, com uma variação anual de 4,33%, abaixo dos 4,57% registrados nos 12 meses anteriores. No cenário nacional, o Brasil teve uma deflação de -0,02% em agosto, registrando a primeira taxa negativa desde junho de 2023. No acumulado de 2024, o IPCA nacional está em 2,85%.