Novos focos de incêndio são identificados na região de Nabileque no Pantanal
Operação Pantanal 2024 combate incêndios em Mato Grosso do Sul em meio à pior estiagem dos últimos 70 anos, com 1,7 milhão de hectares queimados
MEIO AMBIENTEBoletim divulgado nesta terça-feira (3) pelo Governo do Estado, aponta que equipes do Corpo de Bombeiros estão atuando em diversos pontos críticos de MS.
Em Corumbá, a 450 km de Campo Grande, novos focos de incêndio foram identificados na região de Nabileque, onde duas equipes foram mobilizadas para o combate. Em São Gabriel do Oeste, a 150 km de Campo Grande, dois focos ativos estão sendo combatidos com apoio de maquinários agrícolas, sendo que um deles, localizado em uma área de serra, já foi confinado.
Outro ponto de atenção é o Parque Estadual das Nascentes do Taquari, em Costa Rica, a 325 km de Campo Grande, onde uma equipe de combate a incêndios florestais (GCIF) trabalha em conjunto com o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul. Em Aquidauana, na região do Rio Negro, os focos de incêndio foram combatidos e agora estão sendo monitorados, com especial atenção para um foco subterrâneo de queima de turfa, um material orgânico que pega fogo com facilidade e é difícil de controlar.
Monitoramento contínuo e desafios climáticos - Regiões ao redor de Corumbá, como Passo do Lontra, Porto da Manga e Forte Coimbra, além de áreas como o Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema, em Naviraí, e a região de Coxim, continuam sob monitoramento por drones e satélites. Em Porto Murtinho, os focos de incêndio nas áreas da serra e nas proximidades da comunidade indígena Kadiwéu foram controlados, com a atuação direta do IBAMA no interior da comunidade.
Desde o início de 2024 até 27 de agosto, a área queimada no Pantanal de MS já chega a 1.779.075 hectares, um aumento alarmante de 148,7% em relação ao mesmo período de 2020, quando 715,4 mil hectares foram destruídos pelo fogo. Esses números foram divulgados pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da UFRJ.
O número de focos de calor detectados via satélite também aumentou significativamente, atingindo 6.387 registros, um aumento de 43% em comparação com 2020, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
As condições climáticas para os próximos dias continuam desfavoráveis, com previsão de estiagem, baixa umidade relativa do ar e temperaturas elevadas, que podem ultrapassar os 40°C em algumas regiões do Estado.
A operação conta com um efetivo de 121 bombeiros militares alocados em diferentes localidades, como Campo Grande, Corumbá, Anastácio, Miranda, Bonito e Porto Murtinho. O apoio é reforçado por militares de estados do Conesul, Força Nacional de Segurança Pública, Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea, além de agentes do IBAMA, ICMBio e brigadistas do PrevFogo. A frota utilizada inclui 43 veículos entre aeronaves, caminhões, caminhonetes e embarcações.