Os focos de incêndio que começaram próximos à divisa entre a Bolívia e Mato Grosso do Sul se expandiram para a Serra do Amolar e continuam ativos, avançando agora para a região do Paiaguás. Os detalhes foram divulgados hoje (19) pelo Governo do Estado.

Após 139 dias de operação intensa, as equipes de combate estão focadas na contenção de 11 focos de incêndio ativos em diferentes localidades de MS.

Os incêndios que tiveram início na divisa com a Bolívia avançaram rapidamente para áreas críticas como a Serra do Amolar e o Paiaguás, onde continuam a queimar e a ser monitorados de perto pelas equipes em campo.

Combate aos incêndios no Pantanal - (Foto: Arquivo)

Na região de Porto Esperança, próximo à estação ferroviária de Corumbá, um foco que começou no dia 16 de agosto avançou cerca de 20 km. As equipes finalizaram o combate no domingo (18) com a ajuda de aceiros e do lançamento de água por uma aeronave KC-390.

Em Miranda, nas proximidades da Fazenda Novo Horizonte, as equipes realizaram o monitoramento no sábado (17), enquanto na Estrada Parque, no Passo do Lontra, os focos foram controlados, mas o risco de reignição exige atenção constante.

Outros locais como Naviraí, Costa Rica, Camapuã, e a comunidade indígena Kadiwéu também enfrentam focos de incêndio que estão sendo combatidos e monitorados.

Esforços - O efetivo envolvido na operação inclui 146 bombeiros do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS), 98 integrantes da Força Nacional de Segurança Pública, 273 agentes do IBAMA, ICMBio e brigadistas do PrevFogo, além de apoio das Forças Armadas e outras entidades. A frota conta com 18 aeronaves e diversos veículos especializados para o combate ao fogo.

Desafios climáticos - As condições climáticas na região do Pantanal agravam a situação, com temperaturas atingindo 38°C, ventos de até 45 km/h e baixa umidade do ar, criando um ambiente propício para a rápida propagação dos incêndios. Desde o início do ano, mais de 1 milhão de hectares já foram queimados em Mato Grosso do Sul, um aumento de 118% em relação ao mesmo período de 2020.

Os focos de calor detectados por satélite já somam 5.400, representando um aumento de 47% em comparação a 2020. As equipes continuam em alerta máximo para controlar os incêndios e minimizar os danos ambientais.