Da redação | 12 de agosto de 2024 - 15h45

Oito focos ativos de incêndio persistem no Pantanal mesmo após frio e chuva em MS

O Pantanal ainda enfrenta oito focos de incêndio mesmo após chuvas e frio em Mato Grosso do Sul, com ações intensivas de combate do Corpo de Bombeiros

OPERAÇÃO PANTANAL
Com oito focos ativos de incêndios florestais no Pantanal, em Mato Grosso do Sul, o Corpo de Bombeiros continua a atuar no trabalho de rescaldo e monitoramento - (Foto: Bruno Rezende)

Apesar das recentes chuvas e da queda na temperatura em Mato Grosso do Sul, o Pantanal continua a enfrentar desafios significativos na luta contra os incêndios florestais. O Corpo de Bombeiros, que tem atuado intensamente na região, ainda registra oito focos ativos de incêndio, exigindo uma vigilância constante e operações de rescaldo em várias áreas críticas do bioma.

Regiões críticas e ações de combate - As operações se concentram em diversas localidades, incluindo Miranda, próximo à área de Salobra e até a BR-262, na Serra do Amolar, no Paiaguás, no Passo do Lontra, na Estrada Parque, no Forte Coimbra e no Posto da Manga. Além disso, dois pontos na divisa com o estado de Mato Grosso também permanecem sob monitoramento. Segundo a tenente-coronel Tatiane Inoue, diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros, "os focos começaram novamente, por isso o combate continua. Ontem em Miranda as equipes fizeram rescaldo. Estava garoando e ainda haviam troncos em brasa".

A margem direita da rodovia BR-262, no trecho entre Miranda e Corumbá, tem sido um dos focos principais de atuação dos bombeiros. No local, foram identificados dois possíveis pontos de retorno do incêndio, com destaque para uma área a apenas 100 metros da ponte, onde uma árvore, situada em uma região ainda não queimada, teve que ser cortada e seus troncos lançados ao rio para evitar a propagação do fogo.

Clima favorece, mas não extingue - Nos últimos dias, a região do Pantanal experimentou um alívio com quatro dias consecutivos de chuva, resultando em uma elevação moderada da temperatura para 22°C e ventos de até 25 km/h. A umidade relativa do ar oscilou entre 30% e 70%, condições que, embora favoráveis ao controle dos focos de calor, não foram suficientes para extinguir completamente os incêndios. Assim, o trabalho de combate às chamas continua a ser prioritário, focando principalmente na neutralização de brasas que ainda podem causar novos focos.

Estratégias e desafios - Com as mudanças climáticas dos últimos dias, as equipes de combate ao fogo adaptaram suas estratégias para maximizar os efeitos das chuvas e da queda de temperatura. O novo planejamento estratégico visa não apenas o controle dos focos ativos, mas também a proteção da fauna, flora e das comunidades locais. A ação rápida e coordenada é essencial para mitigar os danos e preservar o ecossistema do Pantanal, que já sofre os efeitos devastadores de incêndios recorrentes.

Mesmo com o cenário adverso, o Corpo de Bombeiros mantém seu compromisso com a defesa do bioma, monitorando constantemente as áreas afetadas e realizando ações de rescaldo onde necessário. O foco agora é garantir que os incêndios não voltem a ganhar força, aproveitando ao máximo as condições climáticas mais amenas.