Carlos Guilherme | 07 de agosto de 2024 - 10h40

VÍDEO: Com queimadas no Pantanal, trânsito entre Miranda e Corumbá sofre bloqueios

Trânsito entre as cidades sofre bloqueios para combater às chamas; autoridades pedem colaboração da população e imprensa

QUEIMADAS NO PANTANAL
Queimadas estão prejudicando o trânsito na região - (Foto: Reprodução)

Devido às intensas queimadas no bioma pantaneiro, equipes do Corpo de Bombeiros Militar e do PrevFogo (Ibama) estão mobilizadas na manhã desta quarta-feira (7) para controlar as chamas às margens da BR-262, rodovia que dá acesso ao município de Corumbá, localizado a 450 km de Campo Grande.

O trânsito na região, especialmente entre os municípios de Miranda e Corumbá, está sendo controlado com bloqueios intermitentes ao longo do dia para permitir o trabalho das equipes de combate ao incêndio.

Na última segunda-feira (5), os bombeiros enfrentaram seis focos de incêndio ativos no Pantanal. As ações continuam intensas em várias regiões, com monitoramento constante de duas áreas críticas: uma próxima ao Porto da Manga e outra na Área de Adestramento do Rabicho.

Na região da Nhecolândia, nas proximidades da Fazenda Tupaceretã, uma equipe composta por militares de Mato Grosso do Sul, Paraná e da Força Nacional de Segurança está combatendo um grande incêndio. A situação é especialmente grave no Parque Estadual do Rio Negro e nas áreas ribeirinhas ameaçadas pelo fogo.

Guarnições extras foram enviadas para a área próxima à Fazenda Caiman, em Aquidauana, a 140 km de Campo Grande, para proteger a área de preservação ambiental. O foco de incêndio na Nhecolândia está se expandindo rapidamente devido às intensas rajadas de vento, com o IBAMA dedicando recursos e esforços humanos para conter as chamas.

De acordo com o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a área queimada no Pantanal de Mato Grosso do Sul atingiu 690 mil hectares até 30 de julho de 2024. Esse número representa um aumento de 74,1% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram queimados 396,6 mil hectares, marcando a pior temporada de incêndios até então.

Os dados também revelam um aumento significativo nos focos de calor detectados via satélite. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram registrados 3.783 focos de calor até o final de julho de 2024, representando um aumento de 26,2% em comparação com os 2.998 focos registrados no mesmo período de 2020.

Confira o vídeo: