O Flamengo está de luto pela morte de Adílio de Oliveira Gonçalves, o eterno camisa 8 do clube, que faleceu nesta segunda-feira, aos 68 anos, no Rio de Janeiro. Adílio lutava contra um câncer de pâncreas e estava internado no Hospital Rios D'Or, na zona sul do Rio, há alguns meses.

Carreira brilhante - Adílio foi um dos maiores ídolos da história do Flamengo, destacando-se como meio-campista entre 1975 e 1987 e em 1990. Ele foi um multicampeão com a camisa rubro-negra, conquistando uma Libertadores, um Mundial diante do Liverpool, três campeonatos brasileiros e cinco campeonatos cariocas. Adílio foi o autor do segundo gol na histórica vitória de 3 a 0 sobre o Liverpool na final do Mundial de Clubes de 1981.

Homenagem emocionante - O Flamengo fez uma homenagem emocionada ao ídolo, destacando sua importância para o clube e sua generosidade como pessoa. "Um anjo rubro-negro que voa rumo à eternidade. As asas de um moleque sonhador o fizeram superar qualquer muro. Os campos da Gávea construíram amizades angelicais. Seus pés pareciam flutuar com a bola nos pés e foi assim que Adílio conquistou o mundo vestindo o Manto Sagrado", inicia a nota de pesar do clube.

"Seu sorriso, sua generosidade e sua bondade encantaram a quem o conheceu. O símbolo máximo do rubro-negrismo expresso no abraço infinito: comemorar gol de título com os braços rumo aos céus, dando jeito para cabermos milhões de nós na catarse de euforia, amor e paixão", continuou a nota.

Legado eterno - Adílio disputou 617 jogos pelo Flamengo, obtendo 377 vitórias, 148 empates e 92 derrotas, e marcou 129 gols. Apenas Zico e Júnior vestiram a camisa do clube mais vezes que ele. Seu estilo de jogo refinado e sua alegria contagiante fizeram dele uma figura querida e respeitada por todos os torcedores. Adílio formou um meio-campo lendário com Andrade e Zico, sendo lembrado como um jogador clássico e ousado.

Despedida - Adílio recebeu visitas de ex-companheiros para um "adeus" nos últimos dias, e sua morte deixa um vazio imenso na história do Flamengo. O clube ressaltou que, embora se despeça de seu camisa 8, Adílio será sempre lembrado como parte do panteão mais alto dos ídolos rubro-negros.