Pantanal enfrenta sete focos de incêndio ativos, aponta monitoramento
Mais de 593 mil hectares queimados em 2024, com aumento significativo em relação a 2020
MEIO AMBIENTEOntem (21), os trabalhos do militares do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul chegaram no centésimo décimo primeiro dia de operação no combate aos incêndios no Pantanal Sul-Mato-Grossense. São sete focos ativos, todos detectados por meio de monitoramento por satélites. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (22) pelo Governo do Estado.
Na região Rabicho, próxima ao Rio Paraguai, foram confeccionados aceiros em uma fazenda e realizados combates em solo aos focos na área de adestramento da Marinha do Brasil. Uma linha de fogo de aproximadamente 4 km se desloca em direção ao Porto da Manga, margeando o Rio Paraguai e a Estrada Parque MS-228. Devido à gravidade do incêndio, os bombeiros estão em intervenção.
Ao nordeste do Pantanal, na região do Paiaguás, se mantém o combate aos focos de incêndio ativos, com vigilância constante e patrulhas terrestres frequentes, garantindo uma resposta rápida.
Em Maracangalha, uma equipe realizou ações de reconhecimento e combate aos pontos de calor detectados na região. Devido à dificuldade de acesso por terra, o mapeamento inicial foi feito com drones, e o combate ocorreu ontem mesmo. A área permanece sob monitoramento contínuo.
Próximo a Bonito, foram feitas ações de reconhecimento e monitoramento, incluindo a criação de aceiros com apoio de funcionários e maquinários locais. Alguns pontos de calor identificados foram apenas resquícios de fumaça, não necessitando combate direto.
Em Coxim, a equipe se deslocou para uma área próxima ao KM 160 da BR-359, onde focos de incêndio estavam sendo combatidos por funcionários locais com tratores e caminhão-pipa. A intervenção dos bombeiros utilizou sopradores e pinga-fogo, confinando a área queimada em cerca de 20 hectares.
Desde o início do ano até 16 de julho, quase 593 mil hectares foram queimados no Pantanal sul-mato-grossense, representando 6% dos 9 milhões de hectares da região. Este valor é 147% maior que o registrado no mesmo período de 2020, até então a pior temporada de incêndios.
Os focos de calor detectados por satélite chegaram a 3.099 até 16 de julho, um aumento de 38,7% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram registrados 2.235 focos.