Da Redação | 01 de julho de 2024 - 16h00

Com ativação da bandeira amarela, conta de luz ficará mais cara em julho

Essa é a primeira alteração na bandeira tarifária desde abril de 2022, após 26 meses consecutivos de bandeira verde, que oferece um preço mais acessível para a energia

CONTA DE LUZ
Conta de luz - (Foto: Arquivo)

Mato Grosso do Sul e os demais Estados do País terão mudanças na tarifa de energia elétrica a partir deste mês de julho, com a implementação da bandeira tarifária amarela.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou essa alteração na última sexta-feira (28), devido às condições desfavoráveis para a geração de energia no país, à previsão de escassez de chuvas e ao inverno com temperaturas mais altas. Para evitar o racionamento de energia, será necessário acionar as termelétricas, o que aumentará os custos de operação do sistema.

Os valores atualizados na área de concessão da Energisa/MS serão os seguintes: para consumidores que utilizam até 100 kW/h por mês, o custo de cada quilowatt-hora, incluindo encargos e impostos, será de R$ 1,22. Para aqueles que consomem mais de 200 kW/h por mês, o custo será de R$ 1,37 por quilowatt-hora.

Rosimeire Costa é a presidente do Concen/MS

A presidente do Conselho de Consumidores da Área de Concessão da Energisa MS (Concen/MS), Rosimeire Costa, reforça a importância de utilizar a energia de forma consciente para evitar desperdícios.

“Agora é o momento de o consumidor ficar de olho no medidor, usar menos o ferro de passar, tomar banhos curtos, não deixar luzes acesas pela casa e tirar da tomada eletrodomésticos que não precisam ficar conectados. São pequenas ações do dia a dia que evitarão surpresas no final do mês”, destaca Rosimeire.

A Aneel acionou a bandeira amarela devido à previsão de chuvas 50% abaixo da média até o final do ano e à expectativa de crescimento da carga e do consumo de energia no mesmo período.

A combinação de escassez de chuvas e temperaturas acima da média histórica do inverno resulta na necessidade de acionar as termelétricas, que produzem energia a um custo mais alto do que as hidrelétricas, principalmente durante a noite, quando não há produção de energia solar.

Essa é a primeira alteração na bandeira tarifária desde abril de 2022, após 26 meses consecutivos de bandeira verde, que oferece um preço mais acessível para a energia.

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel em 2015 para indicar aos consumidores os custos da geração de energia no Brasil. Ele reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis e o acionamento de fontes de geração mais caras, como as termelétricas.