A defesa de Francisco Cezário, preso no último dia 21 de maio, informou nesta quarta-feira (29), que formalizou um pedido de revogação da prisão. O documento já está nas mãos do juiz Eduardo Siravegna e a expectativa é que uma decisão seja proferida em breve.

O presidente afastado da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), que tinha depoimento marcado para ontem (28), optou por exercer o direito ao silêncio e não foi levado do Presídio Militar de Campo Grande à sede do Gaeco para interrogatório.

Cezário foi afastado da presidência por 90 dias pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na tarde do dia 27 de maio, atendendo a um pedido do Tribunal de Justiça Desportiva de Mato Grosso do Sul (TJD/MS). Neste período, Estevão Petrallas, ex-presidente do Operário Futebol Clube, assumirá a presidência interina da FFMS.

O ex-presidente da FFMS foi preso durante a Operação Cartão Vermelho, realizada em 21 de maio, quando foram cumpridos diversos mandados de busca e apreensão. As investigações, que duraram mais de um ano, apontaram desvios que ultrapassam R$ 6 milhões. Saques rastreados somam mais de R$ 3 milhões, realizados em valores inferiores a R$ 5 mil para evitar a detecção pelos órgãos de controle. Parte desses saques foi documentada por policiais do Gaeco, que fotografaram e filmaram as transações.

Durante a operação, foram apreendidos mais de R$ 800 mil em espécie na residência de Cezário. As investigações continuam em andamento.