Show de Madonna: R$ 300 milhões na economia do Rio, mas custos públicos e indiretos de R$ 20 milhões
Investimento público e custos indiretos não contabilizados geram críticas em relação ao evento.
VARIEDADESO governo do Rio de Janeiro divulgou nesta segunda-feira, 6, um balanço sobre o show de Madonna, que ocorreu no último sábado, 4, na praia de Copacabana. A apresentação atraiu 1,6 milhão de pessoas e movimentou mais de R$ 300 milhões na economia do Estado. No entanto, o alto investimento público no evento e os custos indiretos não computados têm sido alvo de críticas.
O show teve um custo direto de R$ 60 milhões. O governo do Rio de Janeiro e a prefeitura da cidade contribuíram com um terço desse valor, investindo R$ 10 milhões cada um. Os patrocinadores, como o Banco Itaú, custearam os outros R$ 40 milhões.
Além do custo direto, houve custos indiretos substanciais, que não foram incluídos no balanço oficial. Para garantir a segurança e o bem-estar dos participantes, cerca de 3,2 mil policiais militares e 1,5 mil policiais civis trabalharam durante o show, registrando 213 ocorrências. Destas, 38 pessoas foram conduzidas às delegacias e sete prisões foram efetuadas. O Corpo de Bombeiros mobilizou 800 militares que auxiliaram em mais de 50 ocorrências, incluindo 45 salvamentos marítimos e atendimentos clínicos como desmaios.
As críticas se concentram no investimento de R$ 20 milhões em recursos públicos para um evento privado, somados aos custos indiretos não contabilizados, que incluíram o pagamento de horas extras para policiais e bombeiros.
ustos Diretos e Indiretos
Categoria Detalhes Valor Custo Direto do Show R$ 60 milhões Governo do Rio de Janeiro R$ 10 milhões Prefeitura do Rio de Janeiro R$ 10 milhões Patrocinadores (Banco Itaú, entre outros) R$ 40 milhões Custos Indiretos Não Contabilizados Segurança Pública Policias Militares 3,2 mil Policias Civis 1,5 mil Corpo de Bombeiros Bombeiros 800 militares Ocorrências Totais Atendidas 50+ Salvamentos Marítimos 45Apesar do impacto econômico positivo, críticos questionam se os R$ 20 milhões de investimento público e os custos indiretos não contabilizados justificam os benefícios gerados pelo show.