João Paulo Nucci | 25 de março de 2024 - 11h05

STF tem maioria para manter prisões dos suspeitos de mandar matar Marielle

Primeira turma julga até às 23h59 desta segunda-feira, 25, a decisão de Moraes de prender o deputado Chiquinho Brazão, seu irmão Domingos e o ex-chefe da PC-Rio, Rivaldo Barbosa

CASO MARIELLE
O deputado Chiquinho Brazão (União-RJ), o conselheiro do TCE- RJ Domingos Brazão e o elegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio, chegam ao aeroporto de Brasília na tarde deste domingo, 24, para serem levados ao presídio federal de Brasília. - Foto: WILTON JUNIOR/ ESTADÃO

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria no início da madrugada desta segunda-feira, 25, para validar as decisões tomadas na véspera pelo ministro Alexandre de Moraes, que mandou prender três suspeitos de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, no Rio de Janeiro, em 2018. O ministro ainda determinou a aplicação de medidas cautelares contra outros quatro investigados.

Marielle Franco era vereadora do RJ - (Foto: Arquivo)

Em sessão no plenário virtual, a ministra Cármen Lúcia e o ministro Cristiano Zanin acataram o relatório de Moraes, o que garante a maioria entre os cinco membros da Primeira Turma. Os ministros Flávio Dino e Luiz Fux têm até as 23h59 desta segunda para se manifestar.

Por ordem de Moraes, a Polícia Federal prendeu no domingo, 24, o deputado Chiquinho Brazão (União-RJ), o irmão dele, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa. O trio é suspeito de mandar matar a vereadora, que contrariava interesses das milícias que atuam na zona oeste do Rio - com as quais a família Brazão teria ligações.