Carlos Guilherme | 29 de janeiro de 2024 - 14h30

MS libertou quase 90 pessoas trabalhando em situação análoga à escravidão

Os dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) foram divulgados nesta segunda-feira (29)

OPERAÇÃO
Local onde algumas pessoas foram encontradas morando - (Foto: Divulgação)

Em um cenário preocupante, o País registrou em 2023 o resgate de 3.190 trabalhadores em situações equiparadas à escravidão, o maior número observado nos últimos 14 anos. Este dado alarmante, fornecido nesta segunda-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), inclui a libertação de 87 trabalhadores de Mato Grosso do Sul, resultado de nove operações efetuadas no Estado.

Além disso, só em MS, a atuação do MPT resultou em 11 TACs e dez ações civis públicas. De acordo com o MTE, os estados com o maior número de trabalhadores resgatados foram Goiás (739), Minas Gerais (651) e São Paulo (392). Entre os setores com maior quantidade de resgatados estão o cultivo de café, com 302, e a cana-de-açúcar, com 258.

Local onde pessoas foram encontradas morando em MS - (Foto: Divulgação/MPT)

A vice-coordenadora nacional da Conaete, Tatiana Simonetti, destaca que o MPT tem ampliado de forma sistemática a sua atuação na redução das vulnerabilidades sociais das trabalhadoras e dos trabalhadores potencialmente vítimas de trabalho em condições análogas à escravidão e contra as principais cadeias produtivas nas quais o trabalho escravo foi identificado.

“O objetivo é exigir das empresas líderes, que são detentoras do poder econômico no setor, a adoção de medidas concretas para prevenir e coibir o trabalho escravo em seus fornecedores”, disse.