Alex Braga, especial para o Estadão | 22 de dezembro de 2023 - 19h15

Ministério restringe eventos com concentração de aves devido ao risco de gripe aviária

Portaria do Ministério da Agricultura e Pecuária limita exposições, torneios, feiras e outros eventos que reúnam os animais; neste ano, Brasil teve 151 aves diagnosticados com a doença

H5N1
Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro - (Foto: Wilton Júnior/Estadão)

Nesta quinta-feira (21), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) emitiu uma portaria que impõe restrições em todo o território nacional à "realização de exposições, torneios, feiras e demais eventos com aglomeração de aves". A medida, que visa conter a propagação da influenza aviária, entrará em vigor no dia 2 de janeiro. O Brasil já registrou 151 casos da doença neste ano.

De acordo com o documento, a partir de janeiro, estes encontros só serão permitidos caso haja autorização do Serviço Veterinário Estadual e a elaboração de um plano de biossegurança pelos organizadores do evento. Além disso, será levada em conta a situação epidemiológica do Estado.

No dia 7 de novembro, o Mapa prorrogou por mais 180 dias a situação de emergência zoossanitária. Decretada pela primeira vez em 22 de maio, a medida visa dar "mais segurança para o enfrentamento a esta crise sem maiores riscos", destaca Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária.

A gripe aviária é uma doença viral altamente contagiosa, que afeta várias espécies de aves domésticas e silvestres, mamíferos, e até humanos.

Nenhum dos animais detectados com a doença no Brasil viviam em granjas voltadas para o comércio em larga escala. Dessa forma, o Mapa afirma que o consumo de carnes e ovos não representa riscos à saúde.