Assessoria | 19 de novembro de 2023 - 15h00

Advogado administrativista quer ajuda da OAB na inserção dos jovens operadores do Direito no mercado

João Paulo Lacerda sugere que Ordem no Estado isente os jovens advogados da anuidade por cinco anos e capacitações básicas

JUDICIÁRIO
Consultor jurídico João Paulo Lacerda da Silva. - (Foto: Reprodução)

Com atuação reconhecida de protagonismo no Direito Administrativo dentro de Mato Grosso do Sul e considerado uma referência nesta área do Direito no Estado, o advogado administrativista e consultor jurídico João Paulo Lacerda da Silva tem percebido a ausência de uma contribuição maior da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul) na hora da inserção dos jovens operadores do Direito no mercado de trabalho.

“Tenho sentido esse problema na hora de fazer a seleção para a contratação de jovens advogados. Pois, é neste momento que percebo que a maioria desses novos operadores do Direito, que para a OAB são aqueles que têm até cinco anos de produção na área a partir da entrega a carteirinha, está perdida e até enfrenta dificuldades financeiras para pagar as anuidades para a Ordem”, declarou João Paulo Lacerda.

Ele explica que, durante os primeiros cinco anos, o jovem advogado tem um desconto progressivo na anuidade, porém, no seu entendimento, é muito pouco que a OAB-MS só ofereça isso na hora em que entrega a carteirinha de advogado aos novos profissionais. “Não podemos dizer que oferecer desconto na anuidade do jovem advogado é uma política decisiva para ajudar esses profissionais. Isso é o mínimo, é o básico”, argumentou. 

 João Paulo Lacerda da Silva, consultor jurídico, slicita ajuda da OAB para inserção do jovem operador do Direito no mercado

Na avaliação do experiente profissional, a OAB-MS primeiro tinha de capacitar esse jovem, oferecer um programa para ver realmente qual a área que ele quer atuar. “O programa de aptidão para saber se realmente ele quer efetivamente advogar ou se dedicar a concursos públicos”, pontuou.  

O advogado administrativista reforçou que, ao receber a carteirinha da OAB-MS, o jovem profissional sai até meio tonto. “Agora vou advogar, ou, agora vou fazer concurso público, não, eu vou advogar um tempo, aí depois faço concurso público. Porém, quando ele já está advogando por um certo tempo, descobre que não era isso que desejava. Acredito que não custa nada oferecer um exame de aptidão e é nessa questão que sinto a OAB um tanto omissa quanto ao jovem advogado”, lamentou.  

Para João Paulo Lacerda, é necessário, acima de tudo, que a OAB crie condições para que o jovem advogado seja inserido no mercado de trabalho de forma correta e preparado. “A OAB não pode simplesmente entregar a carteirinha ao jovem e abandoná-lo à própria sorte. Importante também criar programas de exame de aptidão para o exercício da profissão, já que muitos advogados após a inscrição na Ordem ainda têm dúvidas se querem efetivamente advogar ou até mesmo tentar fazer concurso público”, tornou a citar.

Ele defende que a OAB-MS precisa tomar essa medida, pois tem estrutura para isso. “É sua obrigação, pois o jovem advogado pega a sua carteirinha lá na OAB na presença dos parentes e amigos, comemora merecidamente, porque de fato é uma grande vitória, mas é lançado no mercado, grande parte sem o devido preparo e sem o acompanhamento da entidade criada para defendê-lo”, pontuou, complementando que a OAB, precisa, nos primeiros anos acompanhar o jovem advogado, oferecendo-lhe capacitação para o exercício da advocacia.