Iury de Oliveira | 16 de novembro de 2023 - 09h50

Gaeco desmantela rede de corrupção em quatro municípios de MS

A operação visou cumprir 6 mandados de prisão preventiva e 44 mandados de busca e apreensão

OPERAÇÃO
Operação desmantela rede de corrupção em Mato Grosso do Sul e Santa Catarina - (Foto: MPMS)

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, atuando através do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC) e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), lançou uma ofensiva significativa contra a corrupção nesta quinta-feira (16), com a "Operação Laços Ocultos". A operação cumpriu seis mandados de prisão preventiva e 44 mandados de busca e apreensão, abrangendo várias cidades como Amambai, Campo Grande, Bela Vista, Naviraí, e até Itajaí em Santa Catarina.

O foco dessa operação é uma investigação iniciada pela 1ª Promotoria de Justiça de Amambai, que se expandiu com a ajuda do GECOC. O alvo é uma organização criminosa suspeita de envolvimento em corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações, contratos públicos e lavagem de dinheiro. Entre os suspeitos estão dois vereadores, quatro secretários municipais, servidores públicos e empresários.

Durante a operação foi apreendido certa quantidade de dinheiro 

A investigação revelou que essa organização opera há anos, manipulando licitações públicas para contratos de obras e serviços de engenharia, principalmente em Amambai e regiões adjacentes. As empresas envolvidas, muitas vezes ligadas a familiares dos investigados com sócios ocultos, conseguiram contratos que somam mais de 78 milhões de reais nos últimos seis anos.

Durante a operação, foram descobertas várias irregularidades nas obras inspecionadas, incluindo superfaturamento e execução parcial das obras. Além disso, análises técnicas identificaram o pagamento de propinas por parte das empresas envolvidas a políticos e servidores públicos responsáveis pela fiscalização das obras.

A operação contou com um amplo apoio operacional, incluindo unidades especializadas da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, como o Batalhão de Choque, o BOPE, o Departamento de Operações de Fronteira e a Força Tática.

O nome "Laços Ocultos" é uma referência direta aos vínculos secretos identificados entre os indivíduos investigados, evidenciando a complexidade e a extensão da rede de corrupção.