Orquestra e cinema regional iniciam primeiro dia do Festival de Cinema de Bonito
O portal A Crítica foi convidado e esteve na primeira noite do Bonito CineSur
BONITO CINESUREm uma noite repleta de cultura, música, história e muito cinema, foi lançada na noite de sábado (4) a primeira edição do Festival de Cinema Sul-Americano de Bonito - Bonito CineSur.
O lançamento que aconteceu no Centro de Convenções da cidade contou com a participação da atriz Dira Paes, do ator Thiago Lacerda e com o musical ao vivo da Orquestra Prelúdio, durante a exibição do filme “Alma do Brasil” de 1932 de Líbero Luxardo.
Para o diretor e idealizador do festival, Nilson Rodrigues, o projeto é uma forma de prestigiar o cinema sul-americano e também sul-mato-grossense. “Esse festival tem o objetivo de integrar os filmes desses países. Nós ganhamos vários prêmios no decorrer dos anos, e por isso precisamos conhecer mais os nossos produtos. Filmes de Hollywood tem um amplo espaço nos cinemas, mas precisamos reverter isso, não deixando as obras norte-americanas de lado, mas valorizando ainda mais o que temos aqui”, explica ao portal A Crítica.
Apresentadora do evento, a atriz Dira Paes, reconhece que a ideia de criar o festival surge em um momento bastante promissor para o cinema sul-americano. “Nunca ninguém pensou nisso antes. O Bonito CineSur dá a oportunidade de mergulhar no nosso universo. É fantástico e antropológico o que vamos viver nessa semana”, detalha.
Ao falar das belezas naturais de Mato Grosso do Sul, Dira considera que o Estado hoje tem oportunidades para mostrar ao País algo além das suas belezas naturais. “Eu não vejo mais o cinema nacional polarizado em um eixo Rio-São Paulo. Todos os Estados que conseguiram fomentar cultura por meio de editais, traduziram isso em grandes obras para o cinema e MS não pode ficar para trás, já que temos muitas coisas a serem exploradas”, opina.
“Turistando” em MS, o ator Thiago Lacerda passou no primeiro dia do festival e falou da importância de criar eventos como esse para a indústria cinematrográfica. “Estava de passagem em Bonito, quando soube do lançamento desse festival importantíssimo para o setor. Acima de tudo, a arte é um instrumento de identificação e cultura para todos, sem exceção. O cinema é essencial para a vida moderna, para investigarmos cada vez mais o que nós somos e quais caminhos pretendemos traçar. Desejo vida longa ao Festival de Cinema de Bonito”, comentou.
No primeiro dia, foi transmitido o filme Alma do Brasil de 1932, do diretor Líbero Luxardo. A exibição foi acompanhada pela Orquestra Prelúdio sob regência do maestro Eduardo Martinelli. Na sequência a Orquestra Jovem Sesc MS e o show Cordas Latinas com Marcelo Loureiro foram as atrações da noite de abertura. A programação completa pode ser acessada aqui.
Programação de domingo (5)
15h – MEMÓRIA BONITO CINESUR
Exibição do filme INOCÊNCIA
Brasil | 1983 | Walter Lima Jr. | 117min | Ficção | Classificação: 12
Debate após sessão com o diretor Walter Lima Jr. e mediação do crítico e curador Marcos Pierry
18h – MOSTRA COMPETITIVA FILMES SUL-MATO-GROSSENSES
Exibição dos filmes:
PLANURAS
Campo Grande | 2015 | Mauricio Copetti | 48min | Documentário | Classificação: L
ADÃO E EVA NO PANTANAL SUL
Campo Grande | 2023 | Ara Martins | 6min | Documentário | Classificação: L
CORDILHEIRA DE AMORA II
Campo Grande | 2015 | Jamille Fortunato | 12min | Documentário | Classificação: L
AS MARIAS
Guia Lopes da Laguna | 2023 | Dannon Lacerda | 16min | Documentário | Classificação: L20h – MOSTRA COMPETITIVA CURTA-METRAGEM SUL-AMERICANO
Exibição do filme SIGMA
Brasil | 2023 | Allan Riggs e Rubens Sant’Ana | 20min | Ficção | Classificação: 16
MOSTRA COMPETITIVA LONGA-METRAGEM SUL-AMERICANO
Exibição do filme LUCETTE
Paraguai | 2022 | Mburucuya Fleitas e Oscar Ayala Paciello | 85min | Ficção | Classificação: 12