SECOM GOV | 24 de outubro de 2023 - 13h52

Com projeto pronto, Governo inclui abastecimento de água às aldeias de Dourados no PAC

No total, o programa vai injetar R$ 1,7 trilhão em todo o Brasil até 2026, sendo R$ 44,7 bilhões para o Mato Grosso do Sul.

SANEAMENTO
Com projeto pronto, Governo inclui abastecimento de água às aldeias de Dourados no PAC - (Foto: João Garrigó)

Um esforço do Governo do Estado para auxiliar a União. Esse é o intuito do projeto piloto de abastecimento de água nas aldeias indígenas Jaguapiru e Bororó, inserido no novo PAC Seleções. No total, o programa vai injetar R$ 1,7 trilhão em todo o Brasil até 2026, sendo R$ 44,7 bilhões para o Mato Grosso do Sul.

Em entrevista à imprensa de Dourados, na manhã desta terça-feira (24), o vice-governador José Carlos Barbosa (Barbosinha) informou que o projeto será inserido no PAC. Barbosinha – que foi presidente da Sanesul por sete anos - é o coordenador do Grupo de Trabalho (GT) do Governo do Estado, responsável pela elaboração do projeto para garantir o acesso a água potável às aldeias do município.

“Esse problema é antigo, por isso precisamos de unidade para resolver a questão. O Governo do Estado solicitou a Sanesul - empresa que possui expertise sobre o assunto – um estudo para garantir o abastecimento de água para as cerca de 6 mil famílias que residem nas aldeias indígenas Jaguapiru e Bororó pelos próximos 10 anos. Com o projeto pronto, enviamos ao Ministério das Cidades, mas houve uma negativa. Então incluímos no PAC, para oferecer uma vida com dignidade para essas famílias e tornar o projeto referência para todas as aldeias do Brasil”, afirmou.

Mesmo sendo de competência da SESAI - órgão do Ministério da Saúde responsável pela atenção primária à saúde e pelo saneamento para os povos indígenas aldeados no Brasil, o Governo do Estado solicitou à Sanesul um projeto macro, com o quantitativo de poços e reservatórios necessários para atender toda a Reserva Indígena pelos próximos 10 anos.

Além disso, a companhia de água e saneamento realizou este ano ações paliativas para combater a falta de água, abrindo mais de 5 mil metros de rede, 2,5 mil metros de ramais para 151 famílias, algumas que estavam há mais de 20 anos sem água.

Vice-governador, Barbosinha, em entrevista 

“A gente vê muita gente preocupada com os índios, mas quando manda uma proposta concreta e objetiva, quer outra ação paliativa como a que tem lá. Vai resolver por pouco tempo. Precisamos de novos poços, novos centros de reservação e novas redes de distribuição. Aliado a isso, um sistema medidor. Entendemos que colocar hidrômetro é fundamental, porque senão tem gente que vai ter água demais, com tanque de peixe, piscina e outros sem nada. Hoje agua é uma questão de poder dentro da aldeia”, disse.

De acordo com Barbosinha, toda a equipe da SESAI não consegue resolver a questão do abastecimento de água nas aldeias de Dourados.

“São profissionais capacitados, mas pela quantidade de pessoas, é humanamente impossível. Imagina no Estado inteiro. Quando acaba água, a Sanesul é que manda caminhão pipa para as aldeias. É responsabilidade do Governo do Estado? Não. Agora é justo deixar essas famílias sem água? Esse é o diálogo que nós precisamos construir com o Governo Federal. Menos proselitismo político e mais ação”, destacou.

A Reserva Indígena de Dourados tem cerca de 25 mil habitantes que vem sofrendo há anos com a falta de abastecimento constante de água potável. O Novo PAC segue com as inscrições abertas até dia 10 de novembro de 2023. Os editais reservam R$ 136 bilhões para as obras, sendo R$ 65,2 bilhões na primeira etapa de seleção e R$ 70,8 bilhões na segunda.

No site do Novo PAC é possível acessar os links para realizar a inscrição de projetos: https://www.gov.br/casacivil/novopac/selecoes