1º Secretário participa de reunião sobre desafios do agronegócio com a Rota Bioceânica
O encontro foi realizado nesta segunda-feira (23) na sede da Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul (Famasul)
LEGISLATIVO ESTADUALO deputado Paulo Corrêa (PSDB), 1º Secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), representou a Casa de Leis em reunião que tratou sobre os desafios e as oportunidades ao agronegócio a serem propiciados pela Rota Bioceânica. O encontro foi realizado nesta segunda-feira (23) na sede da Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul (Famasul) e contou com a presença do presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni, do presidente da Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores de Novilho Precoce, Rafael Gratão, do presidente do Sindicato Rural de Porto Murtinho, Romeu Barbosa, e do diretor-tesoureiro da Famasul, Frederico Stella.
“Mato Grosso do Sul assumiu a ousada meta de se tornar um Estado Carbono Neutro até 2030. O setor produtivo tem um papel crucial a desempenhar nesse processo, à medida que investe em tecnologia e inovação para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa. Simultaneamente, isso agrega valor aos seus produtos, impulsionando o desenvolvimento, a geração de riqueza, o emprego e a renda para a população”, afirmou Paulo Corrêa (PSDB).
Conforme o parlamentar, “a transição para energias mais limpas, como a eólica, a solar e a hidrelétrica, a eficiência energética, que envolve a modernização dos equipamentos e processos, a descarbonização da cadeia de suprimentos, o investimento em tecnologias de baixo carbono, incluindo a captura e o armazenamento do carbono, e a aceitação dos mercados, são desafios que devem ser superados”.
Na avaliação do presidente da Famasul, o encontro foi altamente produtivo para o setor, já que Paulo Corrêa, também produtor rural, tem a sensibilidade e o conhecimento necessários para identificar as questões prioritárias do setor produtivo.
“Convidamos o deputado Paulo Corrêa para debater os desafios do nosso setor em Mato Grosso do Sul. Acreditamos que, como produtor rural e parlamentar, ele considera essas questões como prioritárias para o agronegócio, que é tão importante para o avanço contínuo do Estado”, frisou Marcelo Bertoni.
Para Rafael Gratão, presidente da Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores de Novilho Precoce, “Mato Grosso do Sul é o estado com a maior área de integração lavoura-pecuária-floresta. Uma fazenda que tem essa preocupação em ser carbono neutro é uma propriedade mais produtiva, e os produtores mais eficientes já são carbono zero”.
Romeu Barbosa, presidente do Sindicato Rural de Porto Murtinho, destacou o aumento expressivo da pecuária sustentável na região pantaneira, que já engloba 213 propriedades rurais e ocupa uma área de mais de 1,2 milhão de hectares, segundo dados da ABPO (Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável). “Nosso Estado apoia muito essa atividade e oferece incentivos para a produção de carne orgânica sustentável, um produto de maior valor agregado que atende aos padrões dos mercados mais exigentes”, sustentou.
Dados da Embrapa Pantanal e Embrapa Gado de Corte revelam um aumento de mais de 200% no número de animais provenientes dessa cadeia de 2013 a 2016. Em 2022, a produção praticamente dobrou, com 78.337 cabeças de gado destinadas ao abate em frigoríficos, um aumento de 87% em relação a 2021, quando foram abatidos 41.769 animais.
De acordo com Paulo Corrêa, esse contexto favorece a atração de novos investimentos e o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul. “Com práticas mais sustentáveis, minimizamos os impactos negativos ao meio ambiente, aumentamos a produtividade por meio da integração lavoura-pecuária-floresta, atraímos investidores e ainda há a possibilidade de obter incentivos fiscais, além de preservar o meio ambiente, que é a herança das próximas gerações”, finalizou.