Homenagem à Constituição no STF tem menções a 8/1 e vídeo de Fernanda Montenegro
"Foi sob a guia da Constituição que refutamos veementemente a tentativa daqueles que invadiram este prédio no último dia 8 de janeiro com o intuito de atingir a nossa democracia", declarou Lira.
POLÍTICAA cerimônia organizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em homenagem aos 35 anos da promulgação da Constituição de 1988 teve uma série de menções aos ataques às sedes dos poderes em 8 de Janeiro. A solenidade reuniu ministros do Supremo e os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Também do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. Ele representa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se recupera de uma cirurgia no quadril. A solenidade foi nesta quinta-feira (5) na sede do tribunal.
"Foi sob a guia da Constituição que refutamos veementemente a tentativa daqueles que invadiram este prédio no último dia 8 de janeiro com o intuito de atingir a nossa democracia", declarou Lira.
"Que os episódios de 2023 sejam lembrados como elementos que fortalecem nossa democracia, que fortalecem a união entre os Poderes e que fazem preservar a nossa Constituição Federal", disse em seu discurso Rodrigo Pacheco.
Em sua fala, o presidente do STF, Luis Roberto Barroso, disse que Pacheco e Lira foram decisivos na resposta aos ataques de 8 de Janeiro. O ministro também disse que pode haver divergências, mas que eles têm conversas civilizadas para se unir. A fala vem em um contexto de descontentamento do Legislativo com o Supremo.
"É impossível exagerar a simbologia de estarmos todos aqui juntos, cada um no exercício de suas competências. Onde, eventualmente, existam superposições, nós todos civilizada e democraticamente conversamos e nos unimos pelo bem do Brasil", declarou Barroso.
Fernanda Montenegro
A cerimônia também teve a exibição de um vídeo em que a atriz Fernanda Montenegro lê trechos da Constituição. Por exemplo: "Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações nos termos desta Constituição" e "São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens."
Barroso tem apreço pela classe artística. Em sua posse, quem cantou o hino nacional foi Maria Bethânia, uma das principais intérpretes da história da MPB.