Após quatro anos do assassinato de estudante, réus vão a júri em Campo Grande
Jamil Name Filho, Vladenilson Daniel Olmedo e Marcelo Rios, são acusados de mandar matar Matheus Xavier Coutinho, em 2019, por engano; alvo era pai do jovem
JULGAMENTO HISTÓRICOJulgamento de Jamil Name Filho, Vladenilson Daniel Olmedo e Marcelo Rios, acusados de mandar matar Matheus Xavier Coutinho, em 2019, começou hoje (17), no Tribunal do Júri em Campo Grande.
O estudante Matheus foi morto por engano, o alvo era seu pai, policial militar aposentado Paulo Xavier, que já prestou serviços para a família Name. O julgamento acontece após três adiamentos. A segurança para a chegada dos acusados foi reforçada.
Mãe da vítima, a advogada Cristiane de Almeida Coutinho está no plenário, como assistente de acusação.
Durante o julgamento, a delegada testemunha Daniella Kades, que foi designada para atuar nas investigações da morte do jovem, detalhou as investigações. “No primeiro momento, nada levava a crer que houvesse motivação para matar Matheus. Ele não tinha animosidade com ninguém, então a força tarefa descartou que ele seria o alvo”, afirmou.
Ainda segundo o depoimento da delegada, Paulo Xavier ou ‘PX’, é chamado para ir até a casa de Jamil Name, nesse encontro, teria sido ofertado dinheiro para ele fugir de Campo Grande, momento em que PX teve a certeza de que ele era o verdadeiro alvo.
Conforme a delegada, o crime teria sido motivado após ‘traição’ de PX. “Tudo começou após negociação de uma propriedade rural. “Uma fazenda que era propriedade dos Name passa para Antônio Augusto, um advogado paulista. Após um tempo, a família Name tenta reaver a fazenda, fazendo uma proposta de valor elevado, mas Antônio Augusto não aceita e vende a uma terceira pessoa, o que gerou descontentamento da família Name”, afirmou a testemunha
“Chegamos a conclusão que o crime teria sido motivado após ‘traição’ de PX, que deixou de trabalhar para os Name e passou a trabalhar para o advogado Antônio Augusto de Souza Coelho, ‘ele não podia ter mudado de lado’ (sic)”, detalha a delegada.
O julgamento deve seguir até quinta-feira.