Campo Grande registra primeiro caso suspeito de febre maculosa em criança
Amostras do paciente foram coletadas e o material foi encaminhado para análise
CAPITALCampo Grande tem o primeiro caso suspeito da febre maculosa. Trata-se de uma criança de um ano que está internada em um hospital da Capital
A confirmação foi da Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau) que informou que está investigando o caso. Segundo o histórico, a criança foi para Guia Lopes da Laguna, onde teve contato com animais domésticos, tanto na área urbana quanto na rural. Amostras do paciente foram coletadas e o material foi encaminhado para análise.
Procurada pela reportagem, a Sesau reforçou que não há casos confirmados em Campo Grande. "Não há nenhum caso da doença confirmado na Capital, são comuns os casos de suspeitas, que, em sua maioria, são descartados. Neste momento, a Secretaria apura uma notificação de um paciente internado e com histórico de viagem ao interior, circulando tanto pela zona rural como urbana da cidade. Este paciente apresenta sintomas comuns, como febre, náuseas e vômitos, além de dores no corpo, sendo considerado um caso suspeito devido ao histórico, contudo sem sinais claros que o enquadre como caso provável", explicou a pasta.
A região de Guia Lopes da Laguna não tem casos de febre maculosa. Como já noticiado pelo portal A Crítica, o último caso em Mato Grosso do Sul foi em fevereiro de 2018, quando um homem de 34 anos contraiu a doença após uma viagem a uma área rural do município de Sidrolândia, a 65 km de Campo Grande.
Embora Mato Grosso do Sul não tenha registrado casos recentes de febre maculosa, é importante destacar que a doença acomete principalmente a população economicamente ativa, entre 20 e 49 anos, e que cerca de 10% dos registros no Brasil são em crianças menores de 9 anos, e da área rural. Portanto, é imprescindível estar atento aos sintomas e buscar atendimento médico imediato em caso de suspeita da doença.
A coordenadoria de Vigilância Epidemiológica de Campo Grande disponibilizada dados referentes à doença em humanos de 2012 a 2022. Neste período, foram confirmados seis casos. Não foram registrados óbitos