No último sábado (13), Campo Grande foi agraciada com uma noite mágica e emocionante ao receber um dos maiores nomes do rock clássico: Dire Straits Legacy.

Apesar do nome causar certa estranheza, Dire Straits Legacy é um grupo que presta tributo à lendária banda dos anos 70, Dire Straits, que produziu inúmeros sucessos e conquistou um lugar de destaque no cenário do rock mundial da época.

A presença marcante de Primiano Dibiase nos teclados.

A formação atual da banda conta com Marco Caviglia nos vocais e Primiano Dibiase nos teclados. Embora não tenham sido membros da banda original, eles mostraram estar à altura dos grandes mestres. Acompanhando-os estão Alan Clark, o tecladista clássico do Dire Straits, que esteve ativo na banda de 1980 a 1985, Phil Palmer, que também integrou o Dire Straits de 1990 a 1992, e o grandioso Jack Sonni, presente de 1985 a 1988. Jack fez parte da época do icônico álbum "Brothers in Arms" (1985) e também participou da turnê do mesmo. Além disso, o exímio saxofonista Mel Collins foi membro da banda de 1983 a 1985, contribuindo para sucessos como "Twisting By The Pool" (1983) e "Alchemy Live Album" (1984).

A imagem que captura a energia contagiante de Marco Caviglia no palco.

O público presente era diversificado, com senhores acima dos 50 anos, que acompanharam o lançamento dos álbuns na época, e jovens de 20 e poucos anos, apreciadores da fórmula clássica de produção de rock.

Por volta das 21h57, as luzes do palco se iluminaram o ginásio Guanandizão, criando um clima de expectativa e animação com tons de azul e roxo, acompanhados por um som leve ao fundo. Após minutos que pareceram uma eternidade, os integrantes subiram ao palco, recebidos com aplausos e assobios, e deram início ao espetáculo com "Solid Rock", seguida pelo sucesso "Walk of Life".

A plateia se agitou e ficou encantada. O vocalista Marco Caviglia demonstrou sua alegria em estar ali, arriscando algumas palavras em português: "Boa noite! Campo Grande!". E então, após esse clássico arrebatador, eles nos surpreenderam com a poderosa interpretação de "So Far Away". Os ecos das vozes do público se misturavam em perfeita sintonia, criando uma atmosfera única de conexão entre a banda e seus admiradores.

À medida que o show avançava, a energia contagiante se espalhava pelo local, envolvendo a todos em uma experiência musical inesquecível. Os acordes marcantes das guitarras, a precisão dos teclados e a batida pulsante da bateria preenchiam o ar, transportando os espectadores para uma viagem nostálgica repleta de emoção.

A cada música executada, a plateia se entregava de corpo e alma, cantando em uníssono os refrões e aplaudindo fervorosamente a performance impecável dos músicos. A magia do Dire Straits estava viva ali, reinventada através do talento e paixão dos integrantes do Legacy.

Era impossível não se deixar envolver pela atmosfera envolvente e cativante que permeava o local. As melodias atemporais, como "Money for Nothing", "Sultans of Swing" e "Brothers in Arms", despertavam memórias e emoções em cada espectador, criando uma ligação profunda entre gerações e mostrando que o legado do Dire Straits continua vivo e pulsante.

O saxofonista Mel Collins.

A cada solo de guitarra arrebatador, cada nota perfeitamente executada e cada momento de interação entre os músicos e o público, a noite se tornava mais especial e inesquecível. Era como se o tempo se dobrasse, trazendo de volta toda a intensidade e magia da era dourada do rock.

E assim, de forma triunfante, o show chegava ao seu fim, deixando uma sensação de nostalgia e gratidão no coração de todos os presentes. A vontade de reviver aqueles momentos se misturava com a certeza de que testemunharam algo verdadeiramente especial, uma celebração da música e do legado deixado pelo Dire Straits.

Campo Grande teve a honra de receber o Dire Straits Legacy, com a organização do Gustavo de Arruda Castelo, mais conhecido como Cegonha, o grupo excepcional que resgatou a essência do rock clássico, transportando a plateia para uma jornada emocionante pelo universo musical da icônica banda. Foi uma noite histórica, onde o passado e o presente se fundiram em uma experiência única e envolvente.

A plateia vibrante registrando cada emoção com os celulares.

Enquanto as luzes do palco se apagavam e os aplausos ecoavam pelo local, ficava evidente que aquele momento ficaria marcado na memória de todos como um tributo brilhante ao legado do rock. E assim, Campo Grande se despediu do Dire Straits Legacy com o coração cheio de gratidão e a certeza de que viveu uma noite verdadeiramente inesquecível.

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