Da Redação | 04 de abril de 2023 - 10h55

TV Globo vem a Nioaque para fazer reportagem sobre pegadas de dinossauros

A descoberta foi feita pelos cientistas do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2021

HISTÓRICO
Pegada de dinossauro em Nioaque - (Foto: Rafael Costa da Silva)

Profissionais da TV Globo estão no município de Nioaque, a 150 km de Campo Grande, para realização de uma reportagem sobre as pegadas de dinossauros às margens do Rio Nioaque. A visita está contando com o apoio da Prefeitura Municipal.

Como já noticiado pelo portal A Crítica, a descoberta foi feita pelos cientistas do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2021. Além do registro das pegadas, os pesquisadores coletaram fósseis de um pequeno invertebrado identificados em uma espécie de toca cavada por animais extintos que viviam em abrigos subterrâneos, chamados de paleotoca.

As rochas onde foram encontradas as pegadas são do tipo Botucatu, que são características de um extenso deserto que cobriu uma ampla área entre o Uruguai e o Mato Grosso do Sul há 140 milhões de anos.

Foram identificadas pegadas e trilhas de dinossauros carnívoros e herbívoros. Estima-se que as pegadas eram de animais que tinham de um até seis metros de comprimento.


Pegadas encontradas - (Foto: Rafael Costa da Silva)

O paleontólogo Rafael Costa da Silva explica que após as coletas, um longo estudo de observação e análises foi feito para identificar se aquelas pegadas poderiam ser de dinossauros.

"Foram feitas várias análises para chegarmos a conclusão que era uma pegada de dinossauro. A gente tem que fazer comparações com outras coisas já estudadas no mundo para entender melhor o que estamos vendo ali", detalhou Rafael.

O paleontólogo diz que a expedição em busca dos resquícios do período jurássico começou em 1990 em Nioaque, quando o pesquisador sul-mato-grossense, Gilson Martins encontrou as primeiras pegadas na região. Desde então, Rafael comenta que as idas à região da Serra da Bodoquena aumentou.

"Ao longo do tempo nós conseguimos fazer várias pesquisas de campo. Através disso, conseguimos entender o que era aquela rocha, como ela foi formada e encontramos outras pegadas de dinossauro que mostram que são rochas do período cretáceo, período dos dinossauros", relatou em entrevista ao portal G1.

Não há previsão de quando o material irá ao ar.