O policial militar reformado, José Roberto Souza, acusado de matar o empresário Antônio Caetano durante uma audiência de conciliação no Procon, se apresentou à 1ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande na manhã desta quinta-feira (16). Ele confessou o crime.

Segundo informações da Polícia Civil, o PM prestou depoimento e foi encaminhado para realizar exame de corpo de delito no Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL).

O crime ocorreu no dia 13 deste mês, durante a audiência no Procon que tentava solucionar uma pendência entre o empresário e o policial. De acordo com testemunhas, o PM teria disparado três tiros na cabeça do empresário após uma discussão envolvendo o pagamento de uma troca de óleo no veículo de Caetano. O empresário não resistiu aos ferimentos e faleceu no local.

As investigações apontam que a arma utilizada no crime estava com o registro vencido desde março de 2015. O PM, que foi para a reserva remunerada em 2011 e reformado em 2015 por problemas psicológicos, deveria ter perdido o porte de arma. Segundo o inquérito, o policial tinha em seu nome uma arma com o mesmo calibre da utilizada no crime.

A tragédia chocou as pessoas que estavam presentes na audiência, incluindo uma funcionária que relatou o momento de pânico. “Escutei uns três ou quatro disparos. Começamos a entrar debaixo das mesas. Foi desesperador. O nosso medo era de ele sair atirando em todo mundo”, contou.

Essa não foi a primeira audiência de conciliação entre o empresário e o policial militar reformado. A primeira ocorreu no dia 10, três dias antes do crime, mas terminou sem resolução. Na segunda audiência, a tensão entre as partes acabou culminando no assassinato.