Rafaela Teodoro | 15 de fevereiro de 2023 - 11h45

Policiais continuam buscas por PM acusado de matar empresário em audiência no Procon

Delegado do caso nega que acusado tenha se apresentado às autoridades

ERRATA
Antônio Caetano (esq) foi morto com três tiros na cabeça, disparados pelo PM aposentado José Roberto. - (Foto: Divulgação)

Continuam as buscas pelo policial militar José Roberto de Souza, empresário responsável por matar o empresário  Antônio Caetano de Carvalho, 67, na última segunda-feira (13) após uma audiência de conciliação na sede do Procon Estadual em Campo Grande.  Mais cedo a reportagem do jornal A Crítica recebeu a informação de que ele havia se apresentado à Polícia Civil, porém o delegado responsável pelo caso, Antônio Ribas, negou a informação.

Até o momento não há informações sobre a localização de José Roberto. Não se sabe se ele ainda está com a arma utilizada no crime, uma pistola 380. As investigações apontam que ele tinha registro de uma arma do mesmo tipo, mas ela estava vencida desde 2015, sem ter o direito a porte de arma pela Polícia Militar.

A polícia ainda não confirmou se há um pedido de prisão para José Roberto de Souza, para não prejudicar o andamento das investigações. A polícia pede que qualquer pessoa com informações sobre o paradeiro do acusado entre em contato com as autoridades.

Entenda - José Roberto de Souza matou o empresário a tiros após uma audiência de conciliação na sede do Procon Estadual localizada na Rua 13 de Junho, que começou por conta de uma garantia de um motor, no valor de R$ 630, que teria sido adquirido por Carvalho em sua loja de autopeças, especializada em peças de caminhonete.

As imagens do circuito de segurança da região mostram José Roberto de Souza caminhando apressado pela Rua Maracaju, poucos minutos depois do crime. Ele aparece arrumando algo em sua calça, sem que seja possível identificar o objeto, e saindo do enquadramento das câmeras. 

A primeira audiência ocorreu na sexta-feira (10), quando ficou acordado que o cliente devolveria o valor referente a um carro na manhã de segunda-feira. No entanto, quando Antonio Caetano estava na sala de conciliação, o cliente chegou e disparou contra ele, atingindo-o com dois tiros, um na cabeça e outro no tórax.

Uma funcionária que estava no local no momento do crime relatou o momento de desespero. Ela e outros clientes e servidores se esconderam debaixo das mesas, com medo de que o atirador saísse atirando em todos. A funcionária também relatou que não viu o momento em que o atirador saiu da sala.

*Matéria atualizada às 17h30 para a correção de informações.