Profissionais da educação pública da Rede Municipal de Ensino (Reme) decidiram nesta tarde (29) que vão entrar em greve a partir do dia 2 de dezembro devido a falta de acordo com a Prefeitura de Campo Grande. A categoria pedia um reajuste de 10,39% previsto na política salarial do piso 20h, acordada entre o sindicato e a prefeitura na negociação do início do ano.

“A greve foi deliberada a partir do dia 2 de dezembro até 9 de dezembro. Tudo foi em comum acordo com todos os profissionais. A medida foi protocolada, a prefeitura já está ciente, informou as escolas e a Secretaria Municipal de Educação (Semed)”, afirmou o presidente do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais das Escolas Públicas (ACP), Lucílio Nobre a reportagem.

Mais cedo a ofereceu reajuste de 4,78% e auxílio alimentação de R$ 400, como indenização, aos mais de 8 mil professores. A categoria rejeitou a proposta e segue pedindo o cumprimento da atual Lei nº 6.796 que estabelece o piso de 20 horas para a categoria.

Nesta manhã os professores fizeram uma manifestação centro da cidade para dialogar com a população sobre a cobrança da categoria

“Nós negociamos a nova Lei do Piso 20h no início do ano e, mesmo com a defasagem salarial, a categoria entendeu a necessidade de escalonamento e aceitou o calendário com parcelamento até 2024”, afirmou o presidente do sindicato. 

Procurada pela reportagem do jornal A Crítica, a Semed informou que a mesma lei que dá o aumento à categoria, impede que ele seja concedido neste momento. "A Prefeitura, nos últimos meses, vem promovendo ajustes e mudanças na gestão para se adequar à lei e poder atender o pleito justo dos professores. A proposta apresentada nesta terça-feira (29), é uma alternativa que leva em conta as demandas dos professores e as condições legais para que elas possam ser devidamente cumpridas", diz.

Confira abaixo a evolução do reajuste dos professores da Reme.

*Matéria atualizada às 06h41 desta quarta-feira (30) para incluir o posicionamento da Prefeitura de Campo Grande.