Carlos Ferreira | 30 de outubro de 2022 - 09h30

Simone Tebet reforça que não tem pretensão a cargo caso Lula for eleito

Sobre o voto em Mato Grosso do Sul a senadora disse que irá acompanhar o marido, o secretário Eduardo Rocha, e vai votar no candidato do PSDB, Eduardo Riedel

SENADORA DE MS
Senadora Simone Tebet votando nesta manhã (30) - (Foto: A Crítica)

Fazendo uma breve passagem em Campo Grande, a senadora de Mato Grosso do Sul, Simone Tebet (MDB), afirmou nesta manhã (30) enquanto votava na Escola Lúcia Martins Coelho que não está apoiando Lula em troca de cargo. Neste mês o jornal Estadão afirmou que o PT quer que a senadora seja ministra da Agricultura, caso o ex-presidente seja eleito, mas aposta que ela pode preferir a Educação, pasta cobiçada pelo partido. Ela negou a informação a imprensa que estava no local. “Eu não tenho pretensão a cargo nenhum. A minha intenção é ser candidata a servir o Brasil. Diante deste momento, estou muito feliz de estar aqui me posicionando”, disse.

Sobre o voto em Mato Grosso do Sul a senadora disse que irá acompanhar o marido, o secretário Eduardo Rocha, e vai votar no candidato do PSDB, Eduardo Riedel. “Olha, vocês sabem que no primeiro turno eu votei em André Puccinelli. Mas agora no segundo turno eu acompanho o meu marido [Eduardo Rocha] e agora sou Eduardo Riedel, do PSDB”, disse a ex-presidenciável. Apesar de já ter Dio em outra ocasião por meio das redes sociais, é a primeira vez que a sul-mato-grossense fala sobre o apoio neste segundo turno em Mato Grosso do Sul.

Durante uma sabatina do Jornal Nacional enquanto ainda era candidata a presidência da República, a senadora havia informado que tinha o apoio do MDB, ela afirma ter, também, o apoio do PSDB de Mato Grosso do Sul. “Eu tenho um apoio lá, não só do MDB, como do PSDB, dos partidos que estão lançando candidaturas ao governo”, disse na ocasião.

Porém, pouco tempo depois o diretório regional do PSDB negou a informação. "No Mato Grosso do Sul, a senadora Simone Tebet tem candidato próprio do seu partido - André Puccinelli, do MDB. Eduardo Riedel, do PSDB, apoia e é apoiado oficialmente por Jair Bolsonaro!”, ressaltou a nota na ocasião.


Simone Tebet nesta manhã (30) enquanto 

Sobre a decisão de apoiar o candidato Lula neste segundo turno, Tebet afirmou que ‘está feliz de estar do lado certo da história’. “A minha vida sempre foi de luta pela democracia desde os meus 14 anos, aprendi isso com o meu saudoso pai. Estar aqui defendendo a democracia não tem preço. Não defendo Lula, nem 13... Defendo um Brasil de todos, generoso, solidário, um projeto de poder que inclua todos os brasileiros. Estar do lado certo pode ter custo, mas é infinitamente menor do que aquilo que significa para o coletivo”, reforça.

Em entrevista a revista Veja nesta semana, Tebet diz que não pestanejou ao embarcar na candidatura petista, não condicionando seu apoio a cargos e conhecendo os riscos do posicionamento. “A decisão de apoiar o Lula em si não foi difícil, mas é o movimento de maior custo político dos meus 35 anos de política”, afirmou ela. “Eu praticamente mergulhei num abismo, mas o fiz por convicção.” 

A senadora lembra que a hostilização que sofreu em algumas partes do País é um reflexo do momento em que estamos vivendo. “Por que eu luto pela democracia. É poder garantir liberdade de expressão, uma imprensa livre e outras questões. Nós temos um País a ser construído em outras bases, na base do amor e não do ódio. Hoje nós estamos vendo que a fake news está dividindo o País e nos levando ao abismo”, afirma.