Da Redação | 04 de outubro de 2022 - 09h35

Zema declara apoio a Bolsonaro no segundo turno: 'Gestão do PT foi desastrosa em Minas'

Minas Gerais é o segundo maior colégio eleitoral do País, peça-chave na estratégia de vitória dos dois candidatos à Presidência

APOIO
Zema e Bolsonaro nesta manhã (4) - (Foto: Reprodução)

O governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), declarou apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da disputa presidencial contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele foi a Brasília se encontrar com o presidente e fez um pronunciamento ao lado de Bolsonaro, no Palácio da Alvorada.

“Sempre dialoguei com Bolsonaro, vamos colocar divergências de lado. Acredito muito mais na proposta de Bolsonaro do que na do adversário”, disse o governador, principal figura hoje de seu partido, o Novo, que disputou o Planalto com Felipe d’Avila. Zema justificou sua escolha com base na política mineira. Segundo ele, a gestão do PT foi “desastrosa e arruinou o Estado de Minas”.

O presidente definiu o apoio como “mais que bem-vindo”. “Minas é o segundo colégio eleitoral do País”, afirmou Bolsonaro. “Dizem que só quem ganha em Minas pode chegar à Presidência da República. Mais que bem-vindo, o apoio do Zema é essencial e decisivo para minha reeleição.”

Zema foi reeleito neste domingo, 2, como governador de Minas Gerais. O candidato do Novo obteve mais de 6 milhões de votos. Logo após a vitória, ele voltou a criticar o PT e já deu sinais de que poderia apoiar Jair Bolsonaro (PL).


O governador reeleito de MG, Romeu Zema, e o presidente Jair Bolsonaro; Estado é peça-chave na campanha do segundo turno. Foto: Presidência da República

 Zema evitou se envolver na disputa nacional durante a sua campanha, enquanto seu principal adversário, Alexandre Kalil (PSD), adotou outra estratégia e colou sua imagem a Lula. O palanque formal de Bolsonaro no Estado era Carlos Viana (PL), mas o chefe do Executivo flertou com Zema em declarações. Disse, por exemplo, em live no fim de setembro, que o governador do Novo fez um “bom trabalho”.

Já no domingo, 2, Zema havia sinalizado a reaproximação com Bolsonaro, mas se comprometeu a ouvir o partido e seguir a orientação do Novo, que emitiu nota para “liberar” seus filiados a seguir o posicionamento que desejassem. O mesmo texto, entretanto, manifestava repúdio ao “lulismo e ao PT”. D’Avila, porém, preferiu se manter neutro. Logo após votar, em São Paulo, afirmou que não apoiaria “nenhum dos dois populistas”: “O populismo vai continuar, infelizmente, erodindo a democracia e a liberdade brasileira”, disse.

Veja a íntegra da nota do Novo:

“O NOVO trabalhou muito para oferecer aos brasileiros uma alternativa presidencial contra a polarização entre Lula e Bolsonaro, mas infelizmente sem sucesso.

Diante do cenário eleitoral do segundo turno, o partido se vê na obrigação de reforçar seu posicionamento institucional histórico, totalmente contrário ao PT, ao lulismo e a tudo o que eles representam, e libera seus filiados, dirigentes e mandatários, para declararem seus votos e manifestarem seu apoio de acordo com sua consciência e com os valores e princípios partidários.

Seguiremos trabalhando para oferecer as melhores alternativas aos eleitores e construir um Brasil melhor para todos.

Partido Novo”