Enfermeiros organizam manifestação na Capital em defesa do piso salarial da categoria
As novas faixas de remuneração tinham sido aprovadas pelo Congresso e sancionadas pelo presidente Jair Bolsonaro, mas a lei foi suspensa pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), no último domingo (4
PROFISSIONAISGrupos sindicais da área de enfermagem em Mato Grosso do Sul organizam amanhã (09), uma manifestação contra a suspensão da Lei do Piso da Enfermagem, na Praça Ary Coelho, em Campo Grande, a partir das 11h. As novas faixas de remuneração tinham sido aprovadas pelo Congresso e sancionadas pelo presidente Jair Bolsonaro, mas a lei foi suspensa pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), no último domingo (4).
Já foi possível acompanhar ontem (7) o início das manifestações no Estado. Passeatas aconteceram em diversas cidades de Mato Grosso do Sul como Campo Grande, Nova Andradina, Dourados, Jardim e Coxim. Na Capital, um grupo de 70 enfermeiros organizou um manifesto após o desfile cívico de 7 de Setembro. Houve uma encenação, com profissionais presos com algemas e um caixão representando a morte da enfermagem.
Em Dourados, a enfermagem esteve nas ruas pedindo apoio à população pelo direito que foi retirado pelo Supremo. Após o desfile, profissionais protestaram segurando balões preto. Com cartazes com os dizeres "Respeite a Enfermagem STF", enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem percorreram a área central de Nova Andradina, vestindo roupas pretas e usando narizes de palhaço.
Em Jardim, profissionais se concentraram no canteiro central segurando diversos cartazes. Ao site Jardim MS News, a enfermeira, Marcelly Trindade, relembra que durante a pandemia a enfermagem era tratada como herói e hoje passou a ser taxado como a classe que está quebrando as instituições hospitalares. O Piso Salarial trata de um sonho e uma luta antiga da categoria. "A princípio essa lei era no valor de R$ 7 mil de salário ao enfermeiro, o técnico 70% e auxiliar 50% do valor e 30 horas. Depois de muita briga, deixou as 40 horas e baixamos salário a R$ 4,7 mil, como se isso fosse um absurdo", se indigna.
Manifestação em Jardim (MS)
E em Coxim, profissionais foram aplaudidos pelo público, o grupo segurava uma faixa: "Nós somos o coração do sistema da saúde. Estamos de luto".