Da Redação | 02 de agosto de 2022 - 15h35

Santa Casa de Campo Grande afirma que irá suspender cirurgias eletivas

A suspensão vale a partir de hoje

SUSPENSÃO
Santa Casa de Campo Grande - (Foto: Divulgação)

Com o impasse envolvendo a renovação do contrato de prestação de serviços médico-hospitalares entre a Santa Casa e a Prefeitura de Campo Grande, a direção do hospital divulgou nesta tarde (2) que irá suspender a partir de hoje todos os procedimentos que não se caracterizarem como urgência e emergência, além dos atendimentos ambulatoriais e cirurgias eletivas.

"A Santa Casa de Campo Grande espera que a Prefeitura de Campo Grande, a quem compete a responsabilidade pela prestação de saúde à população, tome as providências urgentes para evitar o agravamento da situação", disse a direção do hospital por meio de nota. 

No último dia 28, por meio de nota, o hospital se manifestou alegando que estava passando por uma crise financeira pela falta de pagamento da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) dos serviços prestados. Segundo o hospital, não há a alterações e adequações necessárias neste contrato desde 2019.

Outro lado - A reportagem fez o contato com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), que afirmou que as dívidas de mais de R$ 500 milhões do hospital é resultado de inadimplências recorrentes há décadas.

"A Sesau informa que o desequilíbrio financeiro da Santa Casa é decorrente de dívidas de mais de R$ 500 milhões de reais, resultados de inadimplências recorrentes há décadas, não sendo de responsabilidade do município de Campo Grande arcar com estes valores.

O município não possui nenhuma pendência financeira com o hospital. Todos os repasses estão sendo feitos em dia, inclusive com valores a maior do que está previsto em convênio através de emendas e incentivos. Todos os repasses foram feitos dentro do que estava pactuado. De janeiro a julho deste ano, o hospital já recebeu R$173,3 milhões. Desde 2017 foram mais de R $1,6 bilhão destinados à Santa Casa. Cabe ao hospital esclarecer sobre eventuais problemas gerenciais que culminaram no alegado déficit", diz a nota.

A Prefeitura de Campo Grande ainda alegou que sempre se manteve aberta às tratativas de acordo.

*Matéria atualizada às 17h02 para o acréscimo de novas informações.