Redação, O Estado de S. Paulo | 27 de junho de 2022 - 18h00

Indígenas rejeitam medidas de Lasso e mantêm protestos contra governo do Equador

Lasso anunciou uma redução nos preços dos combustíveis, em uma tentativa de apaziguar as manifestações

PROTESTOS
Protesto liderado pela Confederação das Nações Indígenas do Equador contra o presidente Guillermo Lasso - (Foto: Adriano Machado/ Reuters)

Líderes indígenas do Equador rejeitaram nesta segunda-feira, (27), as medidas do presidente equatoriano, Guillermo Lasso, e mantiveram os protestos que assolam o país há duas semanas. Na noite de domingo, 26, Lasso anunciou uma redução nos preços dos combustíveis, em uma tentativa de apaziguar as manifestações. Mas a Confederação das Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie), liderada por Leonidas Iza, disse que a redução era insuficiente.

Nesta tarde, a Conaie aceitou se reunir com o governo. Nas últimas semanas, os bloqueios de estradas e a ocupação de poços de petróleo ampliaram a crise no Equador. Se os protestos continuarem, diz o governo, a produção pode parar a qualquer momento.

Em meio aos protestos, o Congresso começou a debater uma proposta de impeachment de Lasso, que está no poder há um ano. A moção de censura foi apresentada pelo partido União pela Esperança, do ex-presidente Rafael Correa.

Os debates começaram no sábado e se estenderão até amanhã. A destituição precisa de 92 dos 137 votos da Assembleia Nacional, onde a oposição tem maioria, mas está fragmentada. Se aprovada, quem assume é o vice-presidente, Alfredo Borrero, que convocaria novas eleições. (Fonte: Associated Press)