Famílias que foram despejadas no bairro Los Angeles vão receber auxílio de R$ 500
O atendimento acontece hoje (23/) a partir das 8h30, no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Los Angeles
ATENDIMENTOFamílias que foram despejadas do terreno que ocupavam no bairro Los Angeles no último dia 13, receberão um auxílio mensal de R$ 500,00 durante seis meses, após cadastro junto à Amhasf (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários de Campo Grande).
Durante a reunião promovida pela vereadora Camila Jara (PT), realizada na segunda-feira (20), a Amhasf se comprometeu a agendar uma data para que as famílias sejam atendidas no CRAS dos bairro Los Angeles, realizando os cadastros para que recebam o valor já a partir de julho.
O atendimento acontece hoje (23) a partir das 8h30, no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Los Angeles. Além do cadastramento para receber o auxílio do Programa Recomeçar, as famílias serão encaminhadas para vagas de trabalho.
Claudia Moreira de Araújo e Josinei de Araújo da Silva, representantes das famílias despejadas, reafirmaram o uso da força bruta empregada pela Guarda Civil Metropolitana durante a ação de reintegração de posse. “A gente não pôde nem pegar os documentos”, afirmou Josinei. A Defensoria Pública vai viabilizar meios para que as famílias tirem a segunda via dos documentos destruídos.
A vereadora ressaltou que Campo Grande não pode ficar à mercê da política habitacional falida do Governo Federal e relembrou que o auxílio que será pago é equivalente ao programa de transferência de renda - nos moldes da Renda Básica - que seu mandato propõe desde março de 2021 e que teve previsão legal e orçamentária aprovadas no Plano Plurianual e na Lei Orçamentária Anual do município. “Só muda o nome, mas o objetivo é o mesmo: dar condições para que as pessoas supram suas necessidades mais básicas. Mas quando levantamos essa possibilidade em março do ano passado, era para que a situação dessas famílias não chegasse ao ponto que está hoje”, afirma.
Entenda - Cerca de 70 famílias tiveram suas moradias destruídas em uma ação de reintegração da Prefeitura da Capital, na manhã da última segunda-feira (13).
De acordo com os moradores, a Guarda Municipal chegou ao local com cerca de sete viaturas e utilizando bombas para dispersar as pessoas. Uma retroescavadeira foi usada para derrubar os barracos sem que as pessoas tivessem a oportunidade de tirar qualquer pertence, roupas ou alimentos de dentro das casas improvisadas que eles tinham como lar.
A Amhasf se manifestou, alegando que houve duas tentativas de ocupação com o objetivo de burlar o cadastro, a Lei, e o processo de seleção realizado pela Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Amhasf) que opera com a triagem e seleção de famílias. "A Amhasf atua com base em análises de casos e via planejamento habitacional, portanto, não há unidades habitacionais disponíveis de forma imediata. Atualmente, há cerca de 42 mil famílias cadastradas no banco de dados da Agência, que aguardam, de maneira legal, a oportunidade do benefício da moradia social.
Os processos de reassentamento de famílias que estão em andamento, se tratam de ocupações consolidadas em áreas de risco. No dia 6 de junho (segunda-feira), após a primeira tentativa de ocupação, foi agendada uma reunião com lideranças dessas famílias na sede da Amhasf, com a presença de representante da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso do Sul e GMC, porém, os dois líderes indicados não compareceram ao encontro", disse a nota.