Da redação | 17 de junho de 2022 - 15h38

Advogado criminalista Carlos Magno Couto publica o livro "Couto: De Lisboa à Capitania de Mato Grosso desde 1781"

Ex-conselheiro da OAB/MS, o campo-grandense lança a obra no ano em que se completa 50 anos da morte do Coronel Benedito de Campos Couto

LITERATURA
Advogado criminalista Carlos Magno Couto nasceu em 15 de junho de 1962 em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. É filho de Benedito de Campos Couto e Tília Henriqueta Guizzo Couto. - (Foto: Arquivo)

A história da “Família Couto” em terras mato-grossenses e sul-mato-grossenses ganha um pouco de luz com o lançamento do livro “Couto, de Lisboa à Capitania de Mato Grosso desde 1781”, do advogado criminalista Carlos Magno Couto, que nasceu em Campo Grande (MS) em junho de 1962, filho de Benedito de Campo Couto e Tília Henriqueta Guizzo Couto. Em breve entrevista ao jornal A Crítica, antes de embarcar em um voo de Barcelona para Madrid, na Espanha, de onde iria voar para o Brasil, ele ressaltou a importância da obra para a família.

Com atuações no Tribunal do Júri, o ex-conselheiro estadual da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul) revela que tem vários artigos publicados em jornais locais e agora resolveu aventurar-se com um livro que conta a história da sua família no Brasil. “A obra está sendo lançada no ano em que se completa meio século da morte do Coronel Benedito de Campos Couto, ocorrida em 20 de julho de 1972. O livro trata-se de uma pesquisa genealógica realizada sem estrito caráter acadêmico sobre as origens da família Couto, em especial a partir dos meus antepassados”, recordou, completando que a obra começa com os seus bisavôs, o casal de cuiabanos Firmino Ferreira do Couto e Feliciana Maria do Couto.

“O livro conta ainda com diversos documentos históricos, fotografias inéditas do acervo particular da família e traz descobertas, que, acredito, vão emocionar o leitor. Pois, conto detalhes da minha vinda ao mundo, em 15 de junho de 1962. No dia 20 de julho de 1972, aos 10 anos de idade, fiquei marcado por uma adversidade, por uma enorme tragédia, quando balas bandoleiras mataram meu pai. No dia 16 de julho de 1978, renasci, ao encontrar nos Sertões, de Euclides da Cunha, no então Mato Grosso, uma garota de Ipanema, que se tornou mãe de meus 4 filhos. Em 15 de junho de 2022, completei 60 anos de idade, diante do mar português, de onde meus ancestrais paternos vieram, em especial, meu tataravô que chegou à Capitania de Mato Grosso, em 1781”, ressaltou Carlos Couto.

Ele prossegue reforçando que, da península ibérica, partiu para novos descobrimentos ao lado de parentes e amigos, vivos ou mortos, que sempre foram, ainda que não soubessem, seu alicerce e fundamento desde quando era apenas um menino que achava que também tinha sido ferido de morte pelas mesmas balas assassinas que mataram seu pai, que morreu de pé, naquela tocaia fatal. “Consciente da importância de tal resgate e, na medida das minhas forças, busquei as raízes mais profundas da história dos Couto nestas terras, em especial, a partir de Firmino Ferreira do Couto e Feliciana Maria do Couto, além de traçar um recorte cronológico de Benedito de Campos Couto”, pontuou.

Para o advogado e escritor, após mais de dois séculos de vidas tragadas pelo tempo, era preciso garimpar a história dos Couto, no Oeste do Brasil. “E assim, parti na busca deste tesouro do passado, com gratidão por todos os participantes - vivos ou mortos desta expedição, com vistas a decifrar o enigma do nome Couto, escondido no mar português, nas colinas, serras e chapadas, nas águas dos rios que passam e nos córregos que brilham como estrelas, à luz de um sol purificador, no coração da terra cuiabana”, finalizou.