Patrícia Martins | 31 de maio de 2022 - 09h00

UFGD sofre bloqueio de quase R$ 7 milhões no orçamento previsto para 2022

O valor corresponde a 14,5% da verba atual do órgão

CORTES NA EDUCAÇÃO
O reitor pro tempore, professor Lino Sanabria, enfatiza que os recursos orçamentários da UFGD serão geridos de forma a priorizar o pagamento de bolsas aos estudantes - (FOTO: Divulgação/Assessoria)

Na última quinta-feira (26), o Governo Federal anunciou um bloqueio de recursos para despesas do Ministério da Educação (MEC) no montante de R$ 3,23 bilhões. O valor corresponde a 14,5% da verba atual do órgão. Como consequência, todas as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) sofreram bloqueio orçamentário na ordem de 14,5%, para despesas de custeio. Na UFGD, o bloqueio orçamentário é de mais R$ 6.903 milhões. 

De acordo com o pró-reitor de Avaliação Institucional e Planejamento, professor Régio Marcos Toesca Gimenes, a restrição orçamentária irá comprometer as atividades das universidades. “Um dos pontos que mais preocupa a gestão da universidade, bem como a comunidade acadêmica, é a possibilidade de essa restrição ter impacto nas bolsas que oferecemos aos estudantes. Vamos restringir muito nossos gastos, deveremos manter somente as atividades que são estritamente fundamentais, visando garantir a manutenção das bolsas e dos contratos essenciais para que a universidade continue funcionando”. 

Por enquanto foram mantidos os recursos em investimentos na UFGD, principalmente os investimentos na infraestrutura de tecnologia de informação e de comunicação. Esses investimentos, na análise do pró-reitor, são fundamentais para que a UFGD possa renovar seu parque tecnológico e manter seus sistemas funcionando nos próximos anos.

O reitor pró-tempore Lino Sanabria enfatiza que os recursos orçamentários da UFGD serão geridos de forma a priorizar o pagamento de bolsas aos estudantes. Lino participou da reunião on-line da Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e informou que a entidade já está se articulando junto a lideranças do Congresso Nacional e do Ministério da Educação, para que o bloqueio orçamentário seja revisto.