11 de maio de 2022 - 12h15

Mês de abril tem aumento de 50% nos casos de dengue em Campo Grande

Atualmente sete bairros e parcelamentos de Campo Grande encontram-se com índices considerados muito altos, conforme mapa de notificações

PREOCUPANTE
Dengue em MS - (Foto: Claudio Fachel/Palácio Piratini )

Campo Grande teve um aumento de 50% no número de casos de dengue em abril, se comparado com o mesmo período do ano passado. Somente no mês passado foram 1.697 casos, quando em abril do ano passado houveram 828 notificações da doença. Os casos de Zika e Chikungunya se mantêm estáveis, com 6 e 42 registros, respectivamente, de 01 de janeiro a 10 de maio de 2022.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), de 1º janeiro a 10 de maio foram notificados 4.210 casos de dengue e três óbitos provocados pela doença em Campo Grande. 

Sete bairros e parcelamentos de Campo Grande encontram-se com índices considerados muito altos, conforme mapa de notificações da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV), referente a semana 13 a 16. São eles: Jardim Noroeste, Maria Aparecida Pedrossian, Rita Vieira, Tiradentes, Cruzeiro, Nova Lima e Novos Estados. Outros 22 apresentam índice alto, 35 moderado, oito baixo e apenas 1 ( Jardim Bela Vista),  com nenhuma notificação.

Medidas - Representates de entidades e órgãos integrantes do Comitê Municipal de Combate ao Aedes aegypti estiveram reunidos na manhã desta quarta-feira (11) para discutir o cenário epidemiológico das arboviroses e ações estratégicas de combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, além de apresentar os resultados do Levantamento de Índice Rápido (LiRaa).

Durante a abertura, o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, lembrou que o Município enfrentou duas epidemias consecultivas de dengue nos anos de 2018 e 2019 e que o engajamento de toda a sociedade, bem como as iniciativas implementadas pelo Poder Público foram fundamentais para que houvesse uma redução no número de casos.

“Diante do cenário atual, onde vemos um aumento considerável em relação às notificações, a participação de todos se faz necessária. Por isso pedimos que as entidades públicas e privadas e sobretudo a população esteja envolvida. Cada um precisa fazer a sua parte para que a gente possa se manter livres desta doença (dengue), que pode levar a morte. Nós estamos fazendo a nossa parte e esperamos a colaboração de todos”, conclamou.

A superintendente de Vigilância em Saúde, Veruska Lahdo, explica que a melhor maneira de se evitar o mosquito Aedes aegypti  é eliminando objetos que possam acumular água parada.

"A gente sempre reforçar para a população para que eliminem alguns materiais inservíveis que possam acumular água, como: bandejas de ar-condicionado, calhas, pneus velhos, caixas d’água destampadas, garrafas, vasos de flor e também recipientes jogados em lixo descoberto”, comenta.

As ações de rotina têm sido intensificadas, assim como outras estratégias têm sido utilizadas como o programa “Colaborador Voluntário”, que reúne mais de 300 instituições e empresas e o monitoramento da proliferação do mosquito com o uso das chamadas “Ovitrampas”, assim como o projeto Wolbachia que já está presente em 32 bairros da Capital.