Grazielle Machado decide não acompanhar o pai na filiação ao PP
A ex-deputada estadual alega que não se sentiria confortável na nova sigla, já que, quando era vereadora, foi relatora da cassação do então prefeito Alcides Bernal
POLÍTICAFilha do deputado estadual Londres Machado, que está em seu 12º mandato e vai tentar o 13º nas eleições deste ano, a ex-deputada estadual e ex-vereadora de Campo Grande por três mandatos, Grazielle Machado, decidiu não acompanhar o pai na filiação ao Partido Progressista (PP). De acordo com fontes próximas, a ex-parlamentar alegou como motivo o fato de ter sido relatora no processo de cassação do então prefeito da Capital, Alcides Bernal (PP), e não se sentiria à vontade ficando no mesmo partido dele.
No entanto, quem tem acesso às mídias sociais da ex-parlamentar constata que ela está engajada nos movimentos preparatórios para a campanha eleitoral de seu pai. A quem diga que é nítida a percepção de que Grazielle tem a intenção de voltar à vida publica, o que ela – fazendo mistério – não confirma, mas também não nega.
Para quem não se lembra, durante o processo de cassação de Bernal em 2013, Grazielle Machado teve muitos embates políticos com o ex-prefeito por ser uma das principais relatoras. Além disso, a ex-deputada estadual também optou por não disputar nenhum cargo político nas eleições deste ano e, portanto, considerou desnecessária a filiação partidária, tendo recentemente se desfiliado do Partido Social Democrático (PSD).
Grazielle Machado tinha ingressado na política quando o pai se afastou da vida pública, porém, cumpriu apenas um mandato como deputada estadual. Já Londres Machado trocou o PSD pelo PP para acompanhar a deputada federal e ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina, que deixou o partido Democratas (DEM) após a fusão do partido com o Partido Social Liberal (PSL) para a criação do União Brasil, e tentar mais uma reeleição.
Londres Machado foi deputado estadual, de 1971 ao final de 1978, pelo antigo Mato Grosso uno. Com a divisão do Estado,a partir de 1 de janeiro de 1979, teve seguidos mandatos de deputado estadual pelo Mato Grosso do Sul e é o recordista brasileiro de legislaturas consecutivas. Por duas vezes assumiu como governador interino. Em 2018, ele foi eleito com 20.782 votos e, na época, a filha Grazielle que era deputada estadual, desistiu da reeleição para dar espaço ao pai, que voltava para a política.