Área livre de aftosa vai elevar pecuária de MS e nível de exportação pode aumentar
Ao todo, aproximadamente 20 milhões de bovinos e bubalinos deixarão de ser vacinados no Estado a partir de 2023, o que corresponde a 100% do rebanho
EXPORTAÇÃOA certificação de área livre de febre aftosa sem vacinação a partir de 2023 colocará Mato Grosso do Sul em outro patamar no mercado internacional de carnes e trará redução nos custos da pecuária para o produtor estadual.
Este status de reconhecimento vem sendo buscado pelo Governo do Estado há pelo menos oito anos, em um trabalho árduo contínuo, rigoroso e minucioso de sanidade animal. Foram investidos mais de R$ 100 milhões em tecnologia, contratação e capacitação de pessoal além do pleno aparelhamento da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal). Ao todo, aproximadamente 20 milhões de bovinos e bubalinos deixarão de ser vacinados no Estado a partir de 2023, o que corresponde a 100% do rebanho.
De acordo com secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura
Familiar) elevar a pecuária estadual a um novo patamar de qualidade foi o grande objetivo da administração estadual. “Há cinco anos, quando saiu o Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), ficamos sabendo que Mato Grosso do Sul seria livre. Então, a partir daí, nós tivemos um grande trabalho. Foram várias auditorias realizadas, muito investimento no Estado de Mato Grosso do Sul em contratação e capacitação de pessoas, aparelhamento total da Iagro”, salientou o secretário.
Ele recorda que o investimento em tecnologia foi fundamental para o processo de elevar o status sanitário do Mato Grosso do Sul. “Investimos muito em tecnologia da defesa sanitária e infraestrutura em termos de veículos, capacitação. Nós temos um problema grave que é a fronteira, tivemos que criar um programa específico para a área de fronteira, que é o Lobo Guará. Agora, qual é o benefício? Por que fazer tanto esforço para Mato Grosso do Sul? Primeiro, a pecuária sul-mato-grossense muda de status, é isso que é importante que todos os nossos frigoríficos estão lá, todos os nossos produtores. Então a partir de do ano que vem, nós vamos acessar novos mercados, é um novo produto, é um novo olhar para o mercado para Mato Grosso do Sul”, salientou.
Evolução - Para o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura José Guilherme Leal, a certificação é um grande passo para a pecuária do Brasil. “Os estados conseguiram evoluir e vão ter a sua última data de vacinação agora em novembro, sendo a partir de 2023, áreas livres de febre aftosa sem vacinação”.
O ministro da Agricultura, Marco Montes ressaltou que o resultado vem de um longo trabalho feito em parceria entre o Governo federal e estadual. “Acho que essa data de hoje, após um longo trabalho que a ministra Tereza Cristina fez no Ministério nós podemos anunciar isso, colocando MS como livre de febre aftosa sem vacinação e é um prazer estar anunciando ao lado da ministra Tereza”, afirmou o ministro.
O secretário Jaime Verruck agradeceu o empenho da equipe do Mapa, da Superintendência Federal de Agricultura (SFA-MS). “Foi um trabalho conjunto, o Brasil tomou uma decisão estratégica importante, quando criaram o PNEFA, tivemos uma grande parceria, o governo estadual se empenhou, o governador Reinaldo em momento nenhum negou recursos. E agora a pecuária sul-mato-grossense vai poder se reposicionar no mercado internacional.