Em um ano, cesta básica na Capital cresce duas vezes mais que a inflação
A disparada no kit de alimentos em Campo Grande rendeu o indesejado posto de quinta cesta básica mais cara do País
$$Em março de 2021, quem tivesse R$ 552,99 conseguia comprar uma cesta básica completa em Campo Grande. Um ano depois, para fazer a mesma aquisição, seria necessário ter R$ 715,81. Os dados mais recentes levantados pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) indicam que a cesta básica na capital sul-mato-grossense encareceu 29,44% ao longo dos últimos 12 meses.
A disparada no kit de alimentos em Campo Grande rendeu o indesejado posto de quinta cesta básica mais cara do País. A posição no top 5 foi conquistada com uma aceleração de 5,51% apenas no mês de março – a quarta maior alta do país –, um período em que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do Brasil, surpreendeu os analistas.
“A inflação de março veio bem mais forte do que se esperava. Foi a maior surpresa da série histórica da Bloomberg que se iniciou em 2012. No mês passado, o IPCA subiu 1,62%, enquanto as previsões do mercado apontavam para uma alta de 1,35%”, afirma Claudia Moreno, economista do C6 Bank.
Se no âmbito nacional, o IPCA acumulado nos últimos 12 meses chegou a 11,30%, em Campo Grande a situação é ainda mais delicada. A inflação regional medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o período é de 12,02% e o preço da cesta básica subiu 2,45 vezes esse indicador.