Da Redação | 11 de abril de 2022 - 15h15

Os desafios do Brasil na Copa do Catar

Como será o caminho do Brasil na primeira Copa árabe?

COPA DO MUNDO
Por essa volatilidade, é preciso certo cuidado com o grupo G, no qual está o Brasil - (Foto: Reprodução)

Como sempre costuma acontecer, mal foi finalizado o sorteio dos grupos da Copa do Mundo do Catar e já começaram as previsões de duelos, tanto na fase de grupos quanto em eventuais cruzamentos de mata-mata. Nada mais normal, já que essa comoção prévia faz parte do espetáculo.  Mas, passada a festa, a pergunta permanece: como será o caminho do Brasil na primeira Copa árabe?

Se há algo que os Mundiais do passado nos ensinaram é que nem sempre as previsões são simples. Times dos quais se espera muito podem decepcionar, e quase sempre surge uma surpresa na fase de grupos. Por isso, sites de apostas esportivas disponibilizam duas opções para os usuários: de um lado, as tradicionais apostas prévias, feitas antes da partida, nas quais o Brasil é considerado favorito por larga margem em relação à França, Inglaterra, Alemanha e Espanha. E, de outro lado, há as chamadas apostas ao vivo, que permitem ao usuário ajustar o prognóstico conforme o embate se desenvolve.

Por essa volatilidade, é preciso certo cuidado com o grupo G, no qual está o Brasil. À primeira vista parecem ser adversários bastante acessíveis – dois europeus sem muita tradição em Copas e uma seleção africana que se classificou com dificuldade, literalmente no último momento. Mas vale a pena olhar cada um deles com mais detalhes.

A Sérvia se classificou para o torneio vencendo o grupo A, que tinha como favorita a seleção de Portugal. E conquistou a vaga justamente com uma vitória sobre os lusos na última rodada. Venceu seis dos oito jogos e não perdeu nenhum. Além disso, possui o jovem atacante Dusan Vlahovic, que tem se destacado no Campeonato Italiano, com a camisa da Juventus. Um time que sabe se defender e tem um homem-gol não pode ser menosprezado.

A Sérvia também vem da antiga escola iugoslava de futebol, que mistura bons talentos individuais com um espírito de grupo consistente. Teria sido melhor se o sorteio colocasse o país como adversário no último confronto, quando a situação do grupo já estivesse encaminhada. Mas as bolinhas não ajudaram...

Sobre a Suíça, temos que lembrar da última copa na Rússia. O que seria um jogo de abertura fácil virou um empate por 1 x 1 e colocou uma pressão enorme no time para o segundo jogo. De lá para cá, a Suíça só melhorou, e na última Eurocopa eliminou ninguém menos do que a atual campeã do mundo, a França, e quase desbancou a Espanha. E, em seu grupo das eliminatórias, mandou para repescagem a Itália, vencedora do torneio continental. Um novo empate com o Brasil na Copa do Catar não seria um absurdo.


Se há algo que os Mundiais do passado nos ensinaram é que nem sempre as previsões são simples

Camarões, para muitos, é a equipe mais fraca da chave, e um freguês do Brasil de outras Copas. Além disso, sua classificação foi arrancada com muito suor, diante de uma Argélia que era bem superior. O prognóstico mais provável é uma vitória brasileira, a menos que o jogo se torne uma disputa mais física do que técnica, como já aconteceu em partidas contra africanos no passado.

Se nas casas de apostas o Brasil continua como favorito para se classificar em primeiro no grupo, por aqui paira uma dúvida de qual é o verdadeiro nível técnico da seleção. Disputando as Eliminatórias contra rivais mais fracos, é difícil medir quão competitiva a seleção consegue ser contra os europeus. Os últimos jogos da classificatória, contra Chile e Bolívia, animaram a torcida, mas não são a melhor referência – tanto que nenhum dos dois países irá ao Catar.

Uma classificação em primeiro lugar resultaria em um cruzamento com o segundo colocado do grupo H. Pelo ranking da Fifa, seria o Uruguai, um rival acessível e que o Brasil tem batido repetidamente. Mas poderia ser Gana, o que seria um embate mais físico. Ou até a Coreia do Sul, em uma daquelas surpresas que acontecem em todos os Mundiais. E, se a zebra estiver mesmo à solta, O Brasil pode ter que enfrentar Portugal, em uma disputa de Neymar x CR7. Não à toa a Copa do Mundo é apaixonante!