Da Redação | 16 de fevereiro de 2022 - 15h15

Santa Casa realiza primeira captação de órgãos para pacientes de MS e RS

Ontem (15), foi realizada a primeira captação de órgãos de 2022, com a doação de rins

TRANSPLANTE
Em 2021 a Organização de Procura de Órgãos da Santa Casa encerrou o ano com 122 diagnósticos de morte encefálica - (Foto: Reprodução)

Todo o processo de doação de órgãos começa a partir da confirmação da morte encefálica, quando o cérebro deixa de funcionar, isso depois de uma série de exames clínicos e de imagem que atestam a inatividade cerebral. E na Santa Casa de Campo Grande, após a autorização da doação pela família, a Organização de Procura de Órgãos (OPO) iniciou uma força tarefa em busca por receptores. Ontem (15), foi realizada a primeira captação de órgãos de 2022, com a doação de rins.

Por meio desta doação, duas pessoas puderam ser beneficiadas com um novo órgão, uma em Rio Grande do Sul e outra em Campo Grande, que foi transplantado nesta manhã de quarta-feira (16), pela equipe do Serviço de Urologia do hospital. A ação, muito importante, só foi possível a partir da atitude altruísta da família da doadora de 54 anos que sofreu um Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCH) e evoluiu para morte encefálica.

O rim doado e encaminhado para o Rio Grande do Sul contou o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB) no transporte até o outro estado. E todo esse processo também foi conduzido pela Central Estadual de Transplante (CET).

A supervisora de enfermagem da OPO Santa Casa, Paolla Buhler, explicou que a doação de órgãos sempre enfrentou momentos difíceis e que diante da pandemia o quadro se agravou, mas que neste ano a expectativa é potencializar a disseminação do assunto. “Vamos reforçar as campanhas informativas, melhorar a comunicação e desmistificar ainda mais sobre a doação de órgãos. Visto que este gesto da família, em autorizar a doação de órgãos e tecidos, em um momento de dor e tristeza pela morte de um familiar, proporciona o prolongamento da expectativa de vida das pessoas que necessitam de transplante”, disse Paolla.

Em 2021 a Organização de Procura de Órgãos da Santa Casa encerrou o ano com 122 diagnósticos de morte encefálica, sendo que, deste número, 63 famílias foram consultadas pelo fato dos pacientes serem potenciais doadores e apenas 31 autorizaram. Ao todo, foram captados 48 rins, 13 fígados e quatro corações.