Com o objetivo de descentralizar a indústria do entretenimento e potencializar a autonomia de pessoas negras foi fundada, em dezembro de 2020 a Wolo TV: primeira plataforma de streaming da América Latina com conteúdo focado na população negra brasileira. Idealizada pelo ator e diretor Licínio Januário e, pelo Leandro Lemos, que tem bagagem de mais de 20 anos de experiência na área de tecnologia, a Wolo teve uma repercussão e aceitação tão grande em um mercado pouco explorado que, recentemente recebeu um aporte do Black Founders Fund, iniciativa do Google for Startups.

A plataforma chegou ao mercado com o lançamento da série de comédia original “Casa da Vó”, estrelada pela cantora e atriz Margareth Menezes e escrita pelo cofundador e CCO da Wolo TV, o ator e diretor Licínio Januário, junto com o ator, roteirista e diretor baiano, Alex Miranda. Ambos também assinam o roteiro, com parceria de Érica Ribeiro e Milena Anjos, a série faz parte da iniciativa de produzir narrativas positivas e representativas para a população negra no Brasil e no mundo.

“A população negra consome em média 1,7 trilhões de reais por ano, mas ainda não vemos séries de TV que mostram famílias negras em posição de sucesso”, afirma Leandro Lemos.

E, é justamente para mudar esse cenário econômico e cultural que o catálogo da Wolo vem crescendo dia a dia e, em parceria com o Google a plataforma está trabalhando para acelerar o lançamento do seu aplicativo e atingir a meta de ser a primeira e maior plataforma de conteúdo negro da América Latina e, se conectar com os países lusófonos que possuem um mercado de aproximadamente 400 milhões de pessoas. “O conteúdo negro está em alta e 54% população brasileira é preta. Nós queremos levar esse conteúdo daqui para o mundo inteiro e o aplicativo será a porta de entrada para isso”, explica Licínio Januário.

No Brasil, um jovem negro é morto a cada 23 minutos pela polícia. Isso é real e estatístico. Para mudar essa realidade, precisamos de políticas e mídias inclusivas. “Estamos trabalhando com a Wolo TV para usar a tecnologia e a mídia para as pessoas negras serem representadas de forma digna e assertiva”, completa Licínio.