Patrícia Martins | 08 de novembro de 2021 - 21h45

Barack Obama cobra que Brasil esteja na liderança do enfrentamento às mudanças climáticas

No discurso na COP-26, ex-presidente dos EUA ainda criticou a China e a Rússia por 'falta de urgência' em relação às reduções dos gases do efeito estufa. Os líderes dos dois países não compareceram ao evento, assim como Bolsonaro

COBRADO
Barack Obama cobrou que países ricos tomem a liderança do enfrentamento às mudanças climáticas, incluindo o Brasil - (Foto: Jane Barlow/AP)

Durante discurso na Conferência do Clima (COP-26), da Organização das Nações Unidas, nesta segunda-feira, 8, o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama cobrou que países ricos tomem a liderança no enfrentamento das mudanças climáticas, incluindo o Brasil. “Não podemos permitir que ninguém fique de fora”, afirmou. 

O evento que discute o rumo do meio ambiente e os impactos das emissões de gases do efeito estufa ocorre em Glasgow, na Escócia. Como era um dos discursos mais esperados, o ex-presidente aproveitou para chamar a atenção de alguns países. 

“Nós precisamos de economias avançadas, como os Estados Unidos e Europa, liderando esta questão”, pontuou o ex-presidente americano. “Mas vocês sabem os fatos: também precisamos da liderança da China e da Índia neste tema. Precisamos da Rússia liderando esta questão, assim como da Indonésia, da África do Sul e do Brasil na liderança deste tema”, reforçou. 

 presidente Jair Bolsonaro não esteve presente no evento da ONU para tratar do aquecimento global. O Brasil é o quinto país entre os que mais emitem gases poluentes, ficando atrás da Índia, Rússia, China e EUA. 

Obama criticou a China e a Rússia por “falta de urgência” em relação às reduções dos gases do efeito estufa. Os dois países figuram na lista dos mais poluidores do mundo. O ex-presidente disse que muito pouco progresso foi feito desde 2015, com o Acordo de Paris, para tentar reduzir o aquecimento a 1,5 ºC acima dos níveis pré-industriais. 

“Foi particularmente desanimador ver os líderes de dois dos maiores emissores do mundo, China e Rússia, se recusarem até mesmo a comparecer ao evento”, disse. “Seus planos nacionais refletem o que parece ser uma perigosa falta de urgência e vontade de manter o status quo por parte desses governos, o que é uma vergonha.”