CPI da Prevent Senior trava na Alesp e votação é adiada pela terceira vez
Com a ausência de deputados da base do governo Doria, não houve quórum para abrir investigação
CPI DA PREVENT SENIORA abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostos crimes da Prevent Senior no tratamento de pacientes de covid-19 segue travada na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
A comissão, proposta no fim de setembro, teve a apreciação do requerimento de urgência adiada, nesta quinta-feira, 28, pela terceira vez na Casa. A urgência permitiria a análise conjunta de comissões sobre a criação da CPI.
Pautada inicialmente para o dia 6 de outubro, e posteriormente para o dia 20, a votação não teve o quórum mínimo de 48 deputados para ocorrer, com a ausência de deputados da base do governo de João Doria (PSDB). A proposta de criação da CPI foi protocolada pelo deputado estadual Paulo Fiorilo (PT) com 40 assinaturas, entre elas a de quatro dos nove deputados da bancada do PSDB.
Para o líder do governo na Alesp, o deputado Vinicius Camarinha (PSB), o governo não deve se envolver na discussão sobre a instalação da CPI. "A CPI não é projeto do governo", disse. "Cada bancada vai votar conforme a sua orientação partidária. Os deputados e partidos têm autonomia, a votação e o quórum não têm pedido nosso."
Durante a sessão, que contou com pouco mais do quórum mínimo para que houvesse o debate da proposta, de 24 deputados, cinco parlamentares do PSDB registraram presença. A bancada bolsonarista, que tem trabalhado para obstruir o andamento da proposta, pediu duas vezes a conferência dos presentes.
O deputado Castello Branco (PSL), um dos que discursaram contra a abertura da CPI, afirmou não ver necessidade da abertura da comissão e mencionou que a Casa tem outras prioridades e investigações a conduzir. "Já fizemos longas preleções técnicas explicando que não é o caso de se abrir uma CPI aqui quando existem muitas outras prioridades e inclusive outras CPIs", afirmou.
A instalação da CPI também depende da aprovação em plenário, pois ultrapassa o limite previsto no regimento da Casa, que permite que até cinco CPIs ocorram simultaneamente, número já atingido no momento.