Silvana Rocha | 20 de outubro de 2021 - 08h45

Dólar recua antes de leilão, mas cautela fiscal limita ajustes iniciais

Os investidores operam sob persistente cautela fiscal em dia de votação da PEC dos precatórios em comissão especial da Câmara e diante dos sinais de que a solução política em discussão para o Auxílio Brasil

CAUTELA
O dólar - (Foto: Reuters)

O dólar abriu esta quarta-feira, 20, com viés de baixa, testou alta pontual à máxima a R$ 5,5947 (+0,02%), mas voltou a exibir tendência de baixa, com perspectiva de injeção de liquidez nova de até US$ 500 milhões em swap cambial às 9h30, além de operações para suprir demanda de overhedge (US$ 700 mi) e de rolagem de vencimentos de janeiro de 2022 ((US$ 750 milhões). O recuo dos juros dos Treasuries no exterior e sinais mistos da moeda americana no exterior estão no radar.

Os investidores operam sob persistente cautela fiscal em dia de votação da PEC dos precatórios em comissão especial da Câmara e diante dos sinais de que a solução política em discussão para o Auxílio Brasil, substituto turbinado do Bolsa Família, pode extrapolar o teto de gastos muito além do imaginado anteriormente. No exterior, o índice DXY, que compara o dólar ante seis moedas fortes, mostra alta moderada, enquanto a divisa americana recua ante grande parte das moedas emergentes e ligadas a commodities.

Os investidores devem monitorar ainda a apresentação do relatório da CPI da Covid no Senado, que deve resultar em 11 crimes contra o presidente Jair Bolsonaro - e 72 pedidos de indiciamento. A votação do relatório está prevista para a próxima quarta-feira, dia 27. Caso aprovadas pela CPI, as propostas de indiciamento devem ser encaminhadas ao Ministério Público, à Câmara dos Deputados e até ao Tribunal Penal Internacional, em Haia (Holanda), para que se promova a eventual responsabilização civil, criminal e política dos acusados.

Às 9h26 desta quarta, o dólar à vista caía 0,10%, a R$ 5,5882. O dólar futuro de novembro subia 0,02%, a R$ 5,5995.