Máscara x sem máscara: saiba como foi o uso do adereço de proteção nas manifestações
Nas manifestações pró e contra o governo Bolsonaro, o cumprimento de medidas de biossegurança foi diferente para os dois lados
BIOSSEGURANÇAManifestações pró e contra o atual presidente da República, Jair Bolsonaro, tomaram conta do nível nacional. Nelas, o cumprimento de medidas de biossegurança foi diferente para os dois lados, e muitos manifestantes favoráveis ao governo optaram por não fazer uso de máscara durante os protestos.
Em Campo Grande, a manifestação pró-Bolsonaro realizada nesta manhã na Praça Rádio Clube teve uma divisão de pessoas seguindo o uso da máscara, medida recomendada pela Organização Mundial de Saúde desde o início da pandemia.
Em Nioaque, a organização recomendou aos participantes o uso de máscara e álcool em gel, porém a situação foi bem diferente. Nas fotos, é possível notar a pouca adesão ao uso de máscaras, além do não cumprimento do distanciamento social, situação que se repetiu em muitas manifestações nacionais. Em Brasília, o uso de máscara durante a manifestação pelo 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios foi opcional, o que resultou em muitos participantes sem o adereço de proteção.
Manifestantes divididos sobre o uso de máscara na Praça Rádio Clube - (Foto: Geliel Oliveira)
Nos atos contrários ao governo, a situação é diferente. Na Capital, a manifestação “O Grito dos Excluídos”, marcada para às 15h na Praça Ary Coelho, possui até uma Comissão de Biossegurança responsável por garantir o cumprimento das medidas de proteção. Uma dos membros da equipe e do coletivo RUA Juventude Anticapitalista, Eduarda Vargas, enfatiza que o distanciamento social será de peso no evento, além da garantia de máscaras a todos os presentes.
“As recomendações seguem um padrão de vários atos que a gente vem fazendo. Dependendo da quantidade de pessoas, separamos por filas, como marchas, e pede o distanciamento, deixando elas distantes uma das outras para marchar na rua. Nos próprios ‘cards’ e chamados já reforçamos o pedido de ir com máscara, preferencialmente PFF2, e levar seu próprio álcool em gel”, esclarece.
Manifestantes usam máscara em distanciamento social durante ato passado do RUA - (Foto: Clara Farias / Rua Mato_Sul)
O comitê reforça, também, que máscaras descartáveis e álcool em gel serão distribuídos no ato. “A gente da Comissão de Biossegurança leva mais de 500 máscaras para distribuir. Nesse mesmo, teremos provavelmente mais de 1000 máscaras para distribuição. A gente também leva álcool 70 e em gel para borrifar na mão das pessoas”, reforça.
Nas manifestações de Campo Grande, o calor intenso também marcou presença. Eduarda conta que o comitê pede aos presentes que levem suas garrafas, além de proporcionar hidratação aos presentes. “Como está muito calor e a umidade do ar está baixa, garantimos a distribuição de água. Também estamos fazendo o reforço para que a galera leve sua própria garrafa de água reutilizável, mas iremos garantir na hora que todos tenham como beber água”, explica.